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GRUPOS DE PROTEÇÃO ANIMAL

07-05-2021 - Henrique Pratas

Na passada terça-feira dia 4 de maio do corrente ano de pois de ter consultado uma página do Facebook de animais para adoção encontrei uns cachorros que me achei que me podiam interessar, porque gosto de cães de porte grande e vá de enviar uma mensagem por escrito que vos reproduzo. “ Boa tarde, o meu nome é Henrique Pratas e estava interessado em adotar o Dexter, vivo em Lisboa, mas na parte de trás da minha casa possuo um jardim enorme devidamente vedado, composto por árvores e relva onde o Dexter poderá crescer de uma forma sustentada, além disso tenho grandes terrenos no Ribatejo onde ele poderá dar asas há sua imaginação em segurança. Gostava que me informassem em que condições ele poderá vir para a nossa posse. Muito obrigado. Henrique Pratas”.

Nesse mesmo dia recebo a resposta do dito Grupo de Proteção Animal e a mesma rezava assim:” Boa noite, os bebés têm cerca de 6 semanas. Serão entregues por volta das 8 semanas com microchip, desparasitação externe e interna, primeira vacina. Pedimos um contributo de35,00 €, para ajudar com estas despesas. É necessário preencher um formulário de candidatura à adoção e, se quiser, pode enviar fotos do espaço bem como de animais que tenha agora ou já tenha tido (como complemento à candidatura). Na entrega é necessário assinar um termo de responsabilidade no qual o adotante se compromete, entre outras coisas, a esterilizar após os 6 meses. O adotante pode usufruir de descontos na esterilização através dos protocolos que temos com 3 clinicas em Ansião (Vetanimal em Ansião, Zoosaude em Penela, Alvavet em Alvaiázere). Antes de adotar aconselhamos sempre que o adotante consulte a sua carteira (contas com as despesas previstas – vacinas, desparasitações, esterilização e com as imprevistas – doença, acidente), a sua paciência (um cão bebé pode ser muito exigente e desgastante, vai fazer muito xixi e cocó por todo o lado, vai fazer barulho, estragar coisas, vai chatear), o seu tempo (é preciso dar atenção, passear), etc…Há cães que são muito agitados, destruidores, alguns têm problemas de comportamento/ansiedade de separação, etc…, adotar é uma responsabilidade para a vida toda. Quando se adota um cão bebé nunca se sabe o que vai sair dali, por isso é preciso pensar em tudo e preparar-se para tudo.”

A minha resposta a tamanhos requisitos e dificuldades não se fez esperar, “ Agradeço a vossa informação mas existe um ponto que discordo completamente e que é a esterilização. Se for uma imposição vossa, então desinteresso-me da adoção. Também não gostei do que escreveram relativamente há chamada de atenção para olhar para a minha carteira, entendo abusiva esta chamada de atenção porque se aos 65 anos não tivesse a noção da responsabilidade nunca mais a teria, decorre também do vosso escrito uma série de chamadas de atenção quanto ao tipo de comportamento a ter com um cão que vai ser adotado. Mais uma vez atiraram-se para fora de pé e se o escrito é igual para todos os interessados, cometeram mais um erro que considero perfeitamente inaceitável e inqualificável, os senhores não sabem para quem estão a escrever e a vossa resposta roça no mínimo a má educação e falta de senso. Henrique Pratas.”.

Como os “rapazes” não gostaram da minha resposta, volta de novo a dar uma outra resposta que vos transcrevo: “ Olá Henrique, lembramos que se tenha sentido ofendido com as nossas chamadas de atenção, conselhos, alertas. Mas não consideramos que haja naquilo que dissemos qualquer falta de educação ou de bom senso. Apenas procuramos fazer a melhor triagem possível dos nossos adotantes. Tal como o senhor disse, não sabemos para quem estamos a escrever ….Não sabemos que o senhor tem 65 anos, não sabemos qual a sua experiência de vida, etc…existem pessoas responsáveis e que têm noção do que é cuidar de um animal, e existem muitas que não têm. Aquilo que escrevemos é exatamente igual para todas as pessoas que nos contatam, precisamente porque nós não conhecemos a pessoa com quem estamos a falar, então preferimos jogar pelo seguro e dar os conselhos a todas as pessoas. Mas respeitamos a sua opinião e lamentamos se não fomos ao encontro da sua expectativa. Muito obrigado de qualquer forma pelo seu contacto e interesse”.

Ora esta resposta merecia uma nova resposta e então foi de descasca pessegueiro e o que lhes escrevi foi que: “ Não lhes reconhecia competência para colocar as questões que colocaram e da forma como o fizeram, e concomitantemente com isto também não deixei de lhes escrever que eram por causa de atitudes como estas e comportamentos destes que existiam muitos animais para adoção e que não viessem depois apelar para que se fizessem a adoção de animais ou peditórios para angariar fundos para poder manter os animais que não são adotados, porque entendo que eles não podem viver à custa dos contributos dos cidadãos e que as exigências que estavam a colocar eram excessivas, que deveriam e poderiam ter uma outra abordagem, pedir para a pessoa se deslocar lá e falarem com ela e avaliarem no local o tipo de pessoa que se propõe adotar um animal. Não lhes deixei de escrever que estavam a funcionar com os pés e que o facto de normalizarem todos os potenciais adotantes e que era lamentável a sua forma de funcionarem porque por um comem todos e que comigo qualquer organização que se dedique há recolha de animais abandonados não contaria mais, por causa do mau funcionamento de uns comem os outros todos. Melhores cumprimentos. Henrique Pratas.”

Trago-lhes este texto ao vosso conhecimento para verem como é difícil e os obstáculos que criam à adoção de um animal, sem conhecerem as pessoas pessoalmente, só faltou pedirem-me a declaração de rendimentos (IRS) e nota de liquidação. Dou-lhes nota que na minha resposta lhes escrevi que era muito mais simples comprar um cão, que eu sei de onde vem do que adotar um que eu desconheço por completo de onde é proveniente.

Vêm as dificuldades que estas entidades que vivem à custa das operações de recolha que fazem junto dos cidadãos e de algumas verbas que o Estado lhes dá, criam na adoção de animais, no caso vertente de um cachorro, sem conhecerem quem o pretende adotar e depois queixam-se que não têm dinheiro para manter os animais que têm e muitos deles como sabem tão bem ou melhor do que eu são pura e simplesmente abatidos, nos canis municipais existentes por exte País.

Para ser cão também é preciso ter sorte e ai daqueles que caem nas mãos de algumas destas entidades que se propõem praticar a “caridadezinha”, sem profissionalismo e competência para o efeito.

Tenho reparado que a prática destes grupos ou organismos é castrar os cães ou esterilizar as cadelas, provavelmente esta prática deveria ser executada a quem está a exercer funções nestes organismos, porque como é do vosso conhecimento esta prática traz um desequilíbrio psíquicos que influenciam o comportamento e o sistema nervosos de quem é sujeito a esta prática.

Escrevo-lhes isto, com conhecimento de algumas situações de mulheres que quando não pretendem ter mais filhos, após terem o último filho ou filha que pretendiam fazem a laqueação das trompas para não engravidarem mais e de acordo com alguns testemunhos é um desatino completo, porque quando chega a altura de terem a menstruação ficam pura e simplesmente intratáveis e são elas que o reconhecem não é uma opinião minha, de tal modo que algumas se arrependem de tal prática, mas depois já não há volta a dar, ou há mas nunca volta ao normal.

Entendo que tanto os seres humanos e os animais nasceram com um sistema reprodutor e por alguma coisa foi, não para ter filhos ou crias a toro e a direito, deixem lá estar as coisas como estão, porque a intervenção do Homem em alguns atos, salvo honrosas exceções é só para estragar.

Este texto serve para ilustrar como funcionam os organismos que se dedicam há “guarda” de animais abandonados e depois venham-se queixar que não têm condições para terem tantos animais ou fazer peditórios junto dos cidadão para ajudarem a manter uma organização que funciona mal e já agora desculpem-me mas vou ser mais agressivo é mais fácil enviá-los para abate.

Ser animal neste País já é muito difícil, agora ser considerado como PESSOA é muito pior.

Henrique Pratas

 

 

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