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O ESTERTOR DA GLOBALIZAÇÃO

12-03-2021 - Pedro Pereira

Nenhum outro acontecimento ocorrido nas décadas após a 2ª Grande Guerra Mundial abalou de forma tão dramática a ordem social mundial como a pandemia do Covid-19 (mais um vírus da família dos coronavírus gerados na China), que ainda ocorre.

Pela primeira vez na História mundial, face a uma pandemia, os países ocidentais imitaram as medidas profiláticas tomadas pela China (confinamentos, repressão e limitação das liberdades cívicas) onde nasceu esta famigerada praga, tal como as demais que a partir desse país têm ciclicamente contagiado o mundo.

Ao contrário da China, onde a normalidade (ditadura comunista) vigora novamente, um denominado “novo normal”, sucedâneo da ditadura chinesa,flagela os países ocidentais. A vida pública está cada vez mais limitada e vigiada, tal como a liberdade de movimentos dos cidadãos, que foi restringida para combater a pandemia, mantém-se sem regresso à normalidade.

Milhões de pequenas e médias empresas ocidentais encontram-se à beira da falência ou já faliram, enquanto gigantes globalistas como a Amazon, a Apple e a Google, por exemplo, continuam a crescer a um ritmo vertiginoso ao mesmo tempo que as actividades culturais continuam encerradas.

Entretanto continua em vigor uma estratégia confusa de testes e vacinações que foi proclamada como a única solução para a crise do vírus chinês, enquanto a inoculação fornecida pela corporação norte-americana Pfizer-Biotech foi aprovada através de um processo que se desenrolou em velocidade supersónica, sofrendo várias fatalidades no processo pós-vacinação. Entretanto, outras vacinas para combater a doença vão nascendo um pouco por todo o mundo.

Enquanto isto, os governos ocidentais continuam a reprimir os protestos dos seus cidadãos contra as políticas de caos e os grandes meios de informação, mancomunados com os governos que os subsidiam/sustentam (como no caso de Portugal) também criticam os manifestantes, rotulando-os como “extremistas de direita” e por isso merecem ser castigados.

As origens destas acções, que mudaram radicalmente as vidas dos seres humanos no mundo ocidental, originaram-se em círculos globalistas, que regularmente impõem novas experiências sociológicas no seio das sociedades, sendo que desta feita o contexto que estamos a viver não tem precedentes históricos nem laivos de tal.

O globalista alemão e fundador do Fórum Económico Mundial, KlausSchwab, criou um termo para este desenvolvimento: o “Grande Reinício”. Sob este lema, as elites ocidentais exigem um reinício do capitalismo, que deve ser mais verde e sustentável, de acordo com os “limites do crescimento”, proclamado em 1972 pelo Clube de Roma, que por sinal é surpreendentemente compatível com os objectivos do movimento climático que é financiado e protegido pelos Estados. A verdade é que se trata apenas de um disfarce para o maior enriquecimento de 1% da população e uma exploração prolongada da restante humanidade, como vai sendo do conhecimento geral, uma vez que os próprios políticos dos partidos autodenominados “Verdes”, eles mesmos raramente praticam a redução das emissões de CO2. Um nível semelhante de credibilidade pertence ao próprio KlausSchwab, que clama pela abolição do neoliberalismo, enquanto ele mesmo lucra com essa ideologia injusta.

No livro da autoria de Schwab e ThierryMalleret, encontra-se um pouco mais do que simples previsões. Segundo os autores, com o Covid-19, tem início uma nova era para a humanidade e a história no futuro será dividida em era pré-Covid e era pós-Covid, da mesma forma que se divide a história da 2ª Guerra Mundial nas eras pré e pós-guerra.

Quem ler as teses de Schwab e Malleret, poderá encontrar nelas uma grande preocupação com o desenvolvimento futuro do Ocidente, como o globalismo está em retirada e a influência de seus oligarcas como Soros e Schwabs desaparece.

O medo da revolução e convulsão social pairam no ar, dirigidas contra o poder destes oligarcas super milionários, que desejam encontrar uma solução para esta crise o mais rapidamente possível. Não obstante, ao invés de uma mudança do sistema, desejam derrubá-lo de forma controlada e depois reconstruí-lo com medidas repressivas.

A elite mundial quer voltar à etapa das suas vidas, antes de sofreram derrotas às mãos de Vladimir Putin, de DonaldTrump dos movimentos de protesto na Europa e nos Estados Unidos.

Em vez de atacarem em primeiro lugar a globalização, que tornou possível a rápida disseminação do Covid-19, antes propagam o “vírus” ocidental do liberalismo.

Enquanto isto, o europeu, russo, chinês ou latino-americano médio, já não consegue reconhecer “progresso” algum nas perversões propagadas pelo Ocidente, como a famigerada “ideologia de género”.

Já é tempo, porque imperioso, reconhecer que a globalização é a raiz dos dramáticos problemas com que a humanidade se defronta.

Uma ordem mundial multipolar baseada em civilizações diferentes é a alternativa urgente contra a ordem unipolar.

A ordem do futuro não será determinada pelo Ocidente sozinho, a ordem do futuro e como o mundo será projectado, mas sim europeus, russos, chineses, indianos, africanos, latino-americanos e também norte-americanos coordenarão em articulação o futuro das suas nações, significando com isto que cada civilização será capaz de definir os seus próprios valores e não dependerá de Bruxelas nem de Washington para regular os direitos humanos e os direitos das minorias. A pré-condição para que isso se realize, é a consciencialização de que as culturas de cada nação, valores e religiões tradicionais das várias civilizações têm de ser respeitadas, tendo cada uma delas a possibilidade de rejeitar a globalização e fortalecer a sua própria cultura. Como resultado, os diferentes povos podem recuperar o controlo sobre o seu desenvolvimento e decidir sobre o seu destino.

Pedro Pereira

 

 

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