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AS BESTAS-QUADRADAS

05-02-2021 - José Janeiro

Ignóbil. É a palavra que melhor define os últimos acontecimentos e escândalos que têm aparecido como cogumelos em tarde outonal, tal a perfusão em roda livre que temos assistido. Quando imaginamos que o limite foi atingido, eis que nova estupidez se perfilha nos nossos decisores e conterrâneos que de incompetência em incompetência e que de insulto em insulto vão demonstrando no espaço mediático o quanto são bestas-quadradas.

Tudo começou com a marca do meio milhão, número de votantes no CHEGA. No primeiro rescaldo aparece uma, digamos, pessoa, é difícil chamar aquela “coisa” pessoa, mas provisoriamente poderá ser, que disse na sua página do facebook: “que todos os que votaram no fascista tenham as casas queimadas, os filhos estripados, os ventres inchados com amoníaco e que rasguem as vestes a arder e em aflição”, a autora deste “libelo” poético chama-se Eugenia Vasques, professora e intitula-se democrática e apoiante do BE, não respeitando a votação popular, ficámos a saber que a democracia, para ela, é só para quem com ela concorda.

Pensávamos nós que este seria o pináculo da estupidez e do ataque a um partido político, mas não, ficámos a saber que, a propósito do desnorte, da batota e da chico-espertismo, no que às vacinas Covid 19 diz respeito, estima-se mais de 1000 segundo as ultimas estatísticas, trouxe mais um poeta, na pessoa do coordenador da task force da vacinação, nome pomposo, para a função de um tal “dr” e boy do PS Francisco Ramos. O Dr está entre aspas porque terá faltado às aulas de ética na universidade ou passou administrativamente.

Os casos de batota no processo têm-se multiplicado, de escândalo em escândalo chegou ao INEM, que vacinou com a desculpa das “sobras” os funcionários e donos de uma pastelaria. Refleti no assunto e cheguei á conclusão que talvez ali existam os melhores br(i)oches do Porto, o que sabemos não ser verdade pois uns metros mais abaixo existe a “Perola Negra”, casa de alterne de renome aonde aí sim se fazem os melhores br(i)oches que há memoria. Não entendo.

Não entendo, porque basta saber fazer as contas que se aprendem na escola primária. Vejamos: existem uns frasquinhos com 6 ou 10 doses, sabendo-se quantos frasquinhos receberam, multiplica-se pelo número de doses, sabendo-se quantos profissionais existem, divide-se e os sobrantes, terão que ser destinados aos verdadeiros prioritários, bombeiros ou policias que deveriam ter sido contactados para ali se dirigirem, simples!

Afinal qual é a dificuldade? E não, não colhe a desculpa de irem as sobras para o lixo para serem vacinados padres, presidentes de camara, tipos da segurança social, vereadores e afins quando há gente em risco mais elevado que não receberam ainda a inoculação. Este processo está a demonstrar o pior que existe na raça humana, uns tristes imorais. Curiosamente todos estes que assim se comportam são do PS! Demonstra assim o quanto estamos entregues a esta raça de gente pouco recomendável.

Quando pensávamos que a coisa iria ser condenada como imoral, escabrosa e mais uns quantos adjectivos que tenho vontade de dizer mas qua será melhor não, eis que o “tasqueiro forçador” veio justificar o injustificável de forma inarrável, diz o bacano: que o “espirito vingativo” pertence “àqueles 11% ou 12%” que votaram André Ventura, na visão dele só esses eleitores consideram este acto imoral, todos os outros “espero (espera ele) que tenham um sentimento de solidariedade prevalente sobre um sentimento de justiça popular” , acredito que se ele tivesse esse poder e a identificação desses meio milhão de votantes, de certeza que os retiraria do plano de vacinação, tal o odio que demonstra. O insulto aos não votantes do André Ventura é claro: vocês são uns carneiros inúteis, pois aceitam toda a trampa que eu faça! Subentende-se destas palavras parvas. Mais estupido do que isto pensamos que seja impossível, mas nunca fiando.

Entretanto mais um chico esperto vacinou todo o bicho careta da família e os que lhe são próximos á frente dos verdadeiros prioritários, médicos e enfermeiros, caso esse que aconteceu em Famalicão. Vergonha, falta de ética, gente pequena e escabrosa, gentalha que nada vale o ar que respira e outros adjectivos que me abstenho de dizer.

Por esta altura apareceu um papagaio falante, um tal Alberto Matos, que desafia, na radio “Pax”, os militantes do CHEGA para a apanha da azeitona, porque segundo ele, o partido não quer por cá imigrantes, bom o “indígena” confunde imigrantes, e emigrantes e ainda com refugiados, e depois bem sabemos o quanto esta afirmação é estupida, porque ele prefere esses, porque assim paga-lhes o que quer e explora-os, como existem varias provas de actos semelhantes na agricultura. A sugestão vai não para os militantes do CHEGA, mas deveria ir para os que recebem o RSI, seja qual for a etnia, talvez assim fizesse melhor figura e deixava de ser imbeciloide. Possivelmente é mais um candidato a um cargo estatal qualquer e á que se pôr em bicos de pés e defender a dama do momento.

Agora qualquer “bicho careta” que pretenda ser conhecido ataca o CHEGA para parecer bem. Lembremo-nos que uma coisa chamada “amplifest”, seja que trampa isso seja, decidiu banir e aconselhar os votantes do partido a não porem os pés no festival porque são democratas e ant-qualquer-merda-e-merda-nenhuma. Como poucos bilhetes se venderam e porque ninguém sabia da existência daquele grupelho, quiseram assim publicidade gratuita. Penso que vão ter azar!

E o silêncio do senhor Presidente-da-republica-de-todos-os-portugueses, está convenientemente calado porque se argumentar que este acto é imoral, sabe bem que se colocará em dúvida se ele votou nele ou no André Ventura, como sugere o Chiquinho tasqueiro coordenador-lábios-vermelhos, se não condena é apenas um amorfo pactuante com a carneirada e uma pessoa desprovida de bom senso. Sim, o Sr. Presidente da Republica está num grave dilema. Aguardemos com a natural curiosidade.

Na campanha eleitoral, se bem se recordam, os ”comentadeiros”, todos sem excepção, consideraram que o André Ventura tinha perdido todos os debates, não houve um só que dissesse o contrário, segundo eles só não ficou á frente, no cômputo geral, do Tino de Rans porque era demasiado escandaloso, mas todos os que assistiram viram o contrário e votaram em conformidade com o que viram, nenhum dos “comentadeiros” deu o “braço a torcer”, para reconhecer o quanto foram parciais numa tentativa de condicionar a votação. Mas o povo respondeu e muitos haverá perante estes actos ignóbeis que reconhecem o quanto erraram não ter votado ou terem votado útil.

Sim, estamos rodeados de bestas-quadradas, idiotas em profusão, tipos sem escrúpulos que se arvoram em defensores da democracia, a deles, enquanto quem pensa diferente é rotulado do que não defende e do que não é. Nunca vi o CHEGA elogiar ou identificar-se com Mussolini, o fundador do fascismo, ou com Hitler o do Nazismo, responsável por 17 milhões de mortes, mas já vi a extrema-esquerda elogiar Estaline, Mao e a Coreia do Norte (segundo eles é uma democracia pujante), responsáveis por mais de 30 milhões de assassinatos esses regimes ditatoriais já foram comparados ao Nazismo em termos de condenação internacional. Afinal quem é quem no meio disto tudo?

A desculpa para o ataque ao partido é que é populista e diz o que as pessoas dizem nos cafés, sinceramente, será que eles se ouvem quando dizem isto? Então não se deve ouvir o que são as preocupações e visão das pessoas, fora dos gabinetes, locais de “yes men” e de gente fora da realidade? Mas governa-se ao cheiro, ou a favor do sentimento das pessoas? Será isso populismo ou saber ouvir e servir os povos?

Não há paciência para tantas bestas por metro quadrado.

José Janeiro

 

 

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