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Falar Verdade

26-09-2014 - Henrique Pratas

No retomar das minhas actividades profissionais, logo no dia sem viaturas em circulação, por causa do dia sem viaturas a circular por causa das preocupações ambientais, valha-nos estas, já que com as pessoas ninguém se preocupa.

Para recomeço, foi-me dada a informação que foram dadas instruções a todos os Ministérios e Organismos Estatais, foi dada a instrução de cortaram o n.º de trabalhadores 12%, sem mais nem menos.

Esta informação foi veiculada nos órgãos de comunicação social mas muito camuflada por outras notícias com impacto de menor importância, mas com maior espaço de noticioso, tudo o que diz respeito a trabalhadores, convém que seja dado depressa e de forma pouco clara.

Na aldeia dos meus pais é um ditado que diz que alguma pessoa que não fale verdade cai-lhe um braço, aplicando a regra a este Des) Governo, vejo todos os Ministros e respectivos acólitos com dois braços, quer isto dizer que ninguém fala verdade.

Para quê pedir desculpas, para atirar poeira para os olhos do pagode? Não brinquem, mais com isto nem com as pessoas.

Eu acuso este Des) Governo de estar a matar as pessoas em vida retirando-lhe as mais básicas condições para poderem sobreviver.

Estive numa zona do interior do País, onde as pessoas recém o salário mínimo, quando recebem, pois apercebi-me que estiveram sete (7) meses sem receber salários, pessoas que dedicaram até à presente data mais de 36 e 40 anos de serviço, começaram meninos e meninas e agora são tratados desta forma, dedicaram todos os anos da sua vida à construção de uma empresa sólida e que contribui para o bem-estar e melhorar as condições de vida, onde as pessoas com mais idade iam fazer tratamentos para terem outra qualidade de vida e agora são confrontados com a impossibilidade de cuidarem de si, a maior parte deles descontaram para um Estado que agora lhe retira todos os direitos e por via indirecta está a contribuir para a sua morte.

Que Estado é este? Que gente é esta que nos Governa? O Hitler de uma forma explícita matou uma enormidade de pessoas, sem qualquer explicação apenas por serem de uma determinada crença religiosa, ou opinião politica.

Hoje o que está a acontecer em Portugal é a mesma coisa mas de uma forma pouco explicita e com requintes de malvadez inimagináveis, será que merecemos esta forma de ser tratados.

Muitos de nós juraram defender o País e serviram numa guerra que não era a deles, uns morreram, outros ficaram estropiados, outros com stress de guerra e agora não contentes com isto, que já deveria dar muito que pensar, estão a criar uma situação de rotura em todos os portugueses, não é por acaso que os casos de violência têm aumentado significativamente, nem existem pessoas a morrer à fome, estamos muito pior que no tempo de Salazar e Caetano.

Estabeleço esta comparação mas não defendo o regime imposto por estas duas personagens, antes pelo contrário, mas fizemos um voltar de página em 25 de abril de 1974, para que a nossa sociedade fosse melhor e as condições de vida das pessoas em termos globais fossem substantivamente mais ajustadas à realidade e chegámos a este ponto.

É ignóbil o que se está a fazer às pessoas, não merecem isto, porque é que existem pessoas responsáveis por implementação de medidas politicas que vão contra os interesses das pessoas, não entendo é preciso não ter um ponta de solidariedade para com os outros.

Às vezes dou comigo a pensar como é que é possível implementar medidas que todas vêm que não resultam, porque é que não assumem as coisas de forma directa e matam as pessoas friamente em vez de andarem a matá-las lentamente, tenham coragem e façam-no, assumam-se.

Depois assistimos a pedidos de desculpa ridículos da Ministra da Justiça e do Ministro da Educação e Ciência, com consequências nulas porque os principais responsáveis dos erros cometidos são os próprios e não se demitem, arranjam sempre alguma cabeça que fazem rolar, para que o povo acredite que existem culpados, mas quando tomam estas atitudes, dado que se tratam de comissários políticos, combinam previamente a cena, tu pedes a demissão e eu arranjo-te um outro lugarzinho.

Para quê tanta hipocrisia digam ao que vêm directamente para levarem também uma resposta à altura, esta atitude é uma atitude de gente cobarde, pouco culta, que presta os maiores fretes, aos detentores do capital e a uma aristocracia que estava decadente e agora voltou a tomar o freio nos dentes e consegue encaixar os filhos e os afilhados em tudo o que é lugar, público e privado as competências não interessam o que interessa é ter nome ou ter padrinhos que se mexam bem nas áreas de influência.

Apregoa-se a igualdade de oportunidades e de género, os dinheiros comunitários recebidos desde que começou a entrada de Fundos da Comissão Europeia, neste País, tem sido a jorros, para quê para os “eleitos” para os privilegiados, nunca as assimetrias em Portugal foram tão acentuadas, apesar de as estatísticas que fazem com que nós as ouçamos, mesmo quando não queremos, indiquem que estamos muito melhor do que estávamos o ano passado, ou há dois anos, enfim estamos muito melhores em todos os indicadores, mas o País está cada vez mais em desespero.

Quem pretendem enganar? O que é que pretendem? Digam-no claramente.

Para terminar como eu costumo dizer as desculpas não se pedem evitam-se.

Henrique Pratas
Lisboa, 22 de setembro de 2014

 

 

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