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O DESEJADO

15-01-2021 - Henrique Pratas

Há não sei quantos anos que nós estamos à espera do desejado que partiu para uma batalha, algures no Norte de África e até ao dia de hoje ainda não regressou, meteram-nos isso na cabeça e temos vivido alegremente na esperança de que isso um dia ocorra.

Estamos em 2021, ano em que no primeiro semestre vamos ter como responsabilidade de Presidir à Comissão Europeia, fazendo a gestão de todas as matérias que interessam aos Países que a compõem.

Por outro lado temos as eleições para a Presidência da República Portuguesa, concomitantemente com isso temos uma Governo liderado pelo nosso “amigo” Costa que se demonstra incapaz de governar o País, mas teimosamente ele continua a não deixar cair ministros como a da Saúde, da Administração Interna e da Justiça, porque dos outros não reza a história, dado que sua visibilidade ao atuação se quiserem não se fazem notar.

O nosso “amigo” Costa, está inchado que nem um peru perante tanta responsabilidade e não é caso para mais porque ele não tem oposição é verem os debates ou ouvir algumas pronunciações dos partidos existentes e facilmente chegamos há conclusão que ele está como pato na água, não existe ninguém que lhe faça “frente”, até o Presidente da República, tem que “engolir” a Ministra da Justiça, enquanto na altura dos fogos a então Ministra da Administração Interna, apesar de ter chorado perante as câmaras de televisão, foi de vela, não tiveram comiseração pela senhora, tudo isto porque o Presidente da República exerceu as suas influências e será que agora para os três casos que mencionei não era de fazer a mesma coisa?

Estamos mal, ao nível interno, porque estamos numa situação de pandemia, COVID-19, para o qual não estávamos preparados, nem podíamos estar porque nenhum País está preparado para enfrentar uma situação como esta, mas o que me espanta são os tiros nos pés que são dados e as formas erráticas como nos conduzimos neste processo, falta a meu ver planeamento e traçar uma linha de rumo consistente e segui-la com a devida consistência.

Primeiro traçou-se uma linha de vacinação onde se excluíram os mais idosos e os que estavam nos lares, agora inverteu-se o “bico ao prego” e dá-se prioridade na vacinação aos idosos e aos que se encontram em lares de acolhimento e aqui quero fazer uma chamada de atenção porque os órgãos de comunicação social falam muito em lares clandestinos, é certo que os há, mas muitos dos ditos lares clandestinos recebem subsídios da Segurança Social para poderem funcionar e a minha questão é das duas uma ou os senhores da comunicação social estão mal informados ou os lares não são clandestinos porque o Estado, através da Segurança Social coloca lá dinheiro de todos os contribuintes deste País para que os mesmos funcionem, logo na minha opinião esta afirmação que que os lares são clandestinos é uma falácia, ou mais uma mentira entre muitas com que somos invadidos diariamente.

Mas voltando à vacinação sempre entendi que se devia começar pelos lares e mais idosos e este meu pensamento é baseado que são os escalões etários que se encontram espalhados por este País que estão mais desprotegidos, mas como eu não sou especialista em Saúde e não me perguntaram opinião remeto-me ao silêncio e observo as deambulações das entidades “nomeadas” e experts da matéria.

Nós estamos muito mal, não só pela pandemia, mas pelo estado a que deixámos chegar o nosso País e em termos de solução para resolver os problemas que nos afligem não temos soluções, nem políticos à altura, competência e profissionalismo para as apresentarem e concretizarem, iremos sempre andar à deriva e ao sabor do vento, que no Verão é muito bom porque faz calor, mas que neste Inverno rigoroso é muito desagradável em todos os sentidos.

Sobre a campanha para as eleições da Presidência da República, apenas vos escrevo que não faço qualquer tipo de comentário a não ser que estamos a gastar dinheiro sem necessidade, porque com a qualidade dos candidatos que se apresentaram o atual Presidente da República, passeia-se em plena avenida enquanto uns “cachorritos” vão ladrando de um lado ou doutro, mas sabe-se à partida quem vai ganhar as eleições. Se se faz esta campanha única e exclusivamente para demonstrar que somos um País democrático, para mim é mais uma demonstração de falta de inteligência porque o que precisamos é de não gastar dinheiro mal gasto, porque esse mesmo dinheiro precisa de ser canalizado para os mais necessitados e para aqueles que foram afetados pelo COVID-19 e não possuem meios para terem uma vida familiar normal, com decência e dignidade onde a igualdade de oportunidades seja de facto uma ação e não apenas uma alegoria a um pedido da Comissão Europeia feita há muitos anos atrás. Em Portugal não existe igualdade de oportunidades e quem afirmar o contrário, mente com quantos dentes tem na boca e é com estas mentiras que todos os dias somos bombardeados que sobrevivemos, não vivemos, “ vamos andando” como muitos de nós afirma quando nos perguntam como é que estamos.

Não me quero alongar mais neste meu escrito, mas termino como comecei continuemos à espera de uma manhã de nevoeiro para ver se algum Sebastião surge na penumbra onde nos colocaram.

Henrique Pratas

 

 

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