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Deus nos ajude

16-10-2020 - Joaquim Jprge

Neste momento de enorme gravidade, pela pandemia, há sinais inquietantes em Portugal que não vamos por bons caminhos. António Costa comunicou a Vítor Caldeira, presidente do Tribunal de Contas que não o reconduzia. Foi vítima de tecer críticas e de ser independente. O Governo PS quer saltar etapas nos concursos de obras públicas. Os fundos europeus estão prestes a chegaretvoilá aCaixa de Pandora.

Há outros vírus, para além da Covid-19, em Portugal que também corroem, destroem e matam. Faz muitos anos, que a incompetência, a corrupção, o clientelismo político debilitaram as finanças deste país.

Estes vírus expulsaram muitas pessoas capazes, umas saneadas, outras sucumbiram por desânimo e as que ficaram foram privadas dos recursos necessários e autonomia que acabaram em privatizações duvidosas e em folhas de salário sumptuosas de parasitas.

Portugal é um país de discursos sonoros e de telefones oficiais que nunca contestam. Aceitam tudo.

Portugal está num círculo vicioso de cidadãos que desconfiam dos seus governantes e governantes que desconfiam dos seus cidadãos, empresas e administração.

A classe política converteu-se num obstáculo, até para a democracia. O peso brutal dos exemplos,que afloram constantemente tornam a realidade tão negra que deve forçar os dirigentes políticos e dos partidos a mudarem.

Estes vírus não entendem ideologias, não é um problema de quem, mas sim, de como nos governam.

Não está longe o dia que uma faísca imprevista provoque uma revolta de cidadãos com consequências imprevisíveis.

Custou muito a Portugal recuperar a dignidade depois da ditadura. Tivemos que lutar muito para sair da miséria económica e viver em democracia. Está-se a tornar trágico que alguns políticos de cracas de quarta categoria venham a lançar tantos sacrifíciosao mar com a sua incompetência e clientelismo.

Outro vírus é a nossa passividade perante o real, como sociedade estamos mergulhados na melancolia, aquele estado de espírito em que a tristeza, em vez de servir de estímulo a uma análise aprofundada ou a um plano de acção, leva-nos a contemplar passivamente acontecimentos que consideramos inevitáveis.

Deus nos ajude e nos livre de incompetentes, de corruptos, do clientelismo político e da passividade dos portugueses.

Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores e Matosinhos Independente

 

 

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