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PRESIDENCIAVEIS

09-10-2020 - José Janeiro

Ao rubro a corrida a Belém. Vão-se perfilando, os candidatos, conhecidos até agora, são quatro mais umas anedotas e um que acha que deve manter o tabu, vejamos o panorama do momento:

O primeiro a ir a jogo, e candidato assumido há vários meses, o líder do CHEGA, André Ventura, inicialmente confesso que me surpreendeu e achei-a extemporânea, mais tarde entendi-a. Na minha opinião o André Ventura tem dois grandes objectivos: por um lado medir o pulso ao eleitorado e por outro, ganhar espaço mediático pois sabemos os ataques constantes e tentativas de silenciamento do partido por parte dos democratas do costume, cuja democracia ou é como eles querem, ou deixas de o ser e lá vêm as acusações e os rótulos imbecis. O candidato, aposta tudo no crescimento do partido que em menos de 1 ano, nas sondagens está como a 3ª força política. Conhecendo bem o povo Português sabemos bem que a revolta crescente contra os políticos será um ponto a favor, muitos abstencionistas ir-se-ão aproximar ao CHEGA e tantos outros acham escabrosa a campanha contra o partido, o que não se vê, nem na IL, nem no Livre, nem no PAN, partidos igualmente recentes e que pretendem ser “absorvidos” pelo sistema. Felizmente para o partido, os idiotas de serviço, continuam a dar-lhe espaço, não deixando a falar sozinho, cada farpa resulta num prego para o caixão dos que as produzem. Demonstra medo, demonstra pânico, para uma agenda indesejada dos ANTIFA e outros que tais, que se alvoram em grandes defensores de uma causa idiota. Falta saber como vão reagir á suspensão do mandato do líder na AR, por certo será mais uma demonstração de silenciamento que terá as necessárias consequências para o crescimento do partido.

O segundo candidato, neste caso candidata, ou ainda me acusam de sexismo, foi a Ana Gomes, andou a reflectir e reflectiu e continuou a reflectir, na tentativa de obter o apoio do PS, contudo, o António Costa já tinha demonstrado interesse em apoiar o Ti Celito, que como sabemos é o inútil mor do reino. Estrategicamente o PM quer manter o status quo e o único candidato que o garante é o actual PR por ser um tipo desprovido de coluna vertebral. Eis então que a peixeira mor do PS e encapotada, como grande defensora de causas, conseguiu finalmente sair da reflexão, demorou mas foi. Com bandeiras de anti corrupção, justiça social e mais umas parangonas para “inglês ver” quando na prática é uma candidata do sistema e embrenhada nele até á raiz dos cabelos, muito próxima da vergonha dos interesses instalados na política e a viver dela desde que se conhece, quer agora passar uma imagem que não tem, diz-se anti compadrios mas ela própria os usa para interesses pessoais. Os apoios que consegue granjear são no Livre e nos outsiders do PS. Parece ser a candidata que vai forçar a 2ª volta, pela dispersão de votos dos apoiantes de Marcelo. António Costa já tinha desvalorizado as Presidenciais na reentré em Coimbra sendo que os objectivos elencados: as regionais e as autárquicas, desvalorizando o lugar do Presidente, querendo ali colocar um amorfo.

Na mesma linha, a candidata Marisa Matias aparece como a candidata do BE e não do BE, uma salgalhada. Fez a apresentação com gente que supostamente não são do BE e supostamente independentes. Diz querer ser a candidata dos que não têm voz, é a eterna candidata do BE, mas sem ser do BE, diz ser uma defensora de causas e amiga assumida de Ana Gomes, sendo que as duas querem que uma desista a favor da outra, confuso? Não, jogada para terem tempo de antena, pois sabem que a credibilidade delas anda pelas ruas da amargura. Encostam-se a causas, que não têm, tentando capitalizar votos nos do costume os que vivem num mundo de unicórnios e elefantes cor-de-rosa, uma tristeza. A manter a candidatura até ao fim, situação que iremos sabendo conforme as sondagens sejam mais ou menos favoráveis ao grande inimigo André Ventura, contribuirá para fragmentar ainda mais a já frágil esquerda que tem tantos episódios escabrosos e de lógica duvidosa.

O quarto candidato, o do Partido comunista, João Ferreira, que coloca o partido igual a si próprio, ou seja encapsulado no tempo em que a URSS existia e a utopia do Comunismo era uma glória mal contada. Teimosamente o Partido comunista, mantém-se fiel aos princípios que o levam ao abismo, as pessoas já não confiam no vovô Jerónimo e na sua pandilha, prevê-se a continuação da queda do eleitorado, não só por teimosia ao manterem o partido como o ultimo dos dinossauros da faixa da esquerda, como a pouca democracia interna, consegue provar que são uns democratas de pacotilha inúteis. A baixa votação da nova “carne para canhão” comunista e que serve apenas para saber quanto valem em votos, será uma realidade antecipada.

Perfilham-se algumas anedotas, os mais conhecidos, um tal Orlando Cruz e o Tino de Rans, dois candidatos que apenas querem aparecer e que aproveitam a obrigatoriedade da comunicação social para lhes dar voz para se porem em bicos de pés. Um, o Orlando desistiu, nas eleições anteriores por falta de assinaturas, o outro, o Tino de Rans, ficou com uma expressão de votantes pouco significativa, valeu-lhes o tempo de antena com atitudes ridículas e pouco esclarecidas.

E falta o Ti Cellito, aquele que á apontado como o grande favorito. A comunicação social dá-lhe corda e o Ti Celito exímio nessas coisas das televisões lá vai aproveitando. O grande sonho do Ti Celito é conseguir ser reeleito á primeira volta com uma votação superior ao Mário Soares. As sondagens são para todos os gostos, desde 80% que o querem candidato, até às que lhe dão pouco mais de 60% de votantes. Se me perguntam se este é o melhor candidato, digo NÃO! É um inútil e um selfie man que se acha um novo D. Sebastião, o “reinado” do Ti Celito, é de um amorfismo e de um “laissez faire laissez passer” atroz, a Maria da Fonte no Porto pôs a nu as fragilidades do deus com pés de barro, em que ele perde quando confrontado com a realidade, fora do seu casulo e fora dos bajuladores do costume. O Ti Celito têm uma lábia adquirida por anos de comentador político, tantas vezes defendeu o contrário do que pratica, mas lamentavelmente vamos continuar a vê-lo na Presidência, para mal de todos nós que precisamos de um Presidente forte e com uma linha de actuação eficaz e não aos esses, mas o povo Português continuará a vê-lo como o tipo dos afectos e das selfies e precisamos de alguém forte e determinado para os tempos duros que se avizinham. Definitivamente este individuo não é um bom Presidente.

Sem querer fazer futurismo, e estando dependente dos acontecimentos que se venham a produzir, há algum espaço para a discussão das Presidenciais numa 2ª volta. A fragmentação do eleitorado á esquerda com dispersão de votantes do Marcelo, pode ser uma mais-valia para tal.

Claro que o Marcelo vai conseguir ser eleito, claro que ele defendeu que os Presidentes só deviam ter um só mandato, claro que o presidente tem poderes limitados, já desde o tempo do General Ramalho Eanes, claro que o Presidente tem como função pressionar o governo no que achar ser importante para o país, todo isto sabemos, mas em nada, nas funções, diz que o Presidente tem que ser um individuo papagaio, apático, incapaz e apurador-mor sem resultados objectivos, mas tudo isto é o Ti Celito.

Temo que o futuro com o mesmo Presidente não seja brilhante e que a abstenção volte a ganhar as eleições como vem sendo habito.

José Janeiro

 

 

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