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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

A DITADURA MUNDIAL GANHA FORMA

III

25-09-2020 - Pedro Pereira

(continuação do número anterior)

. IFRI(Instituto Francês de Relações Internacionais) – Organização semelhante à CFR americana. Nela se encontram políticos de direita e de esquerda, empresários, jornalistas e indivíduos ligados ao meio universitário.

. Clube de Roma– Clube de «reflexão» de líderes políticos e económicos, principalmente europeus, fundado em 1968 pelo industrial italiano AurelioPeccei e pelo cientista escocês Alexander King, que se reúnem para debater variados assuntos relacionados com a energia, poluição, saneamento, saúde, ambiente, tecnologia, economia internacional, políticas nacionais e internacionais e crescimento populacional. Atualmente trabalha em parceria com organizações como a UNESCO, a OCDE, a Globe Internacional e um grande número de ONG’s a nível mundial.

Este Clube é uma das mais influentes organizações não-governamentais do mundo, reunindo economistas, banqueiros, industriais, chefes de Estado, líderes políticos e cientistas de várias áreas e de vários países, para analisarem os diversos aspetos da situação mundial e apresentar previsões soluções para o futuro. Além disso, tem vindo a estender as suas ligações ao antigo KGB (atual FSB), à MOSSAD e à INTERPOL.

O Clube tem membros efetivos, honorários e associados, provenientes de diversos países.

. Clube Bilderberg – Aquele que é por muitos considerado o verdadeiro governo mundial, foi fundado em 1954 e é, sem dúvida, o mais poderoso no conjunto das redes de influência. Reúne personalidade de todos os países, líderes políticos, da economia, das finanças, dos meios de comunicação social, cientistas e professores universitários. Reúnem anualmente. Não votam resoluções nem firmam acordos. Uma vez terminados os encontros, os participantes são proibidos de revelar o que se passou e quem participou nas reuniões.

Alguns países membros deste agrupamento: EUA, Canadá, Grã-Bretanha, França, Bélgica, Suíça, Holanda, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Portugal, Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Irlanda, e outros.

O representante permanente deste Grupo em Portugal foi Francisco Pinto Balsemão e quase todos os primeiros-ministros do país no após 25 de abril de 1974, participaram em encontros do Bilbderberg. O caso mais caricato e expressivo é o de Durão Barroso, que antes de ser chefe de governo participou num encontro do Grupo Bilderberg. Posteriormente foi «promovido» a Presidente da Comissão Europeia, abandonando o país em pleno mandato com 1º ministro e actualmente é o representante permanente deste Grupo em Portugal.

.Em Suma

Merece reflexão – e não deixa de ser preocupante - o facto de no consulado do papaBento XVI, ou seja, no dia 24 de outubro de 2011, pela voz do cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, o Vaticano ter divulgado um documento apelando à reforma urgente do sistema financeiro e monetário internacional na perspetiva de uma autoridade pública com competência universal. A Santa Sé solicitou, então, aos Estados, a aplicação de um imposto sobre as transações financeiras. Defendeu também que a recapitalização dos bancos deve ser feita com fundos públicos, «comportamentos virtuosos que visam desenvolver a economia real».

Afirmou igualmente que o liberalismo económico «sem regras nem controlo» é uma das causas da presente crise económica e denunciou a existência de mercados financeiros prevalecentes especulativos, danosos para a economia real, especialmente para os países mais débeis.
O Vaticano denuncia nesse documento que a economia mundial se encontra cada vez mais dominada pelo utilitarismo e pelo materialismo e é caracterizada por uma excessiva expansão do crédito e de borbulhas especulativas que geraram a atual crise de solvência e de confiança. «A economia necessita de ética para o seu correto funcionamento».

Sobre a proposta de criar uma Autoridade Pública Mundial, o documento assinala que esta é necessária, dada a crescente interdependência entre os Estados, referindo que é necessário reformar o sistema monetário internacional e criar um organismo que atue como um Banco Central Mundial, que regule o sistema dos intercâmbios financeiros e monetários. De acordo com o Vaticano, o FMI-Fundo Monetário Internacionalperdeu a sua capacidade para garantir a estabilidade das finanças mundiais.

Temos assim que a queles que tomam decisões estratégicas (por meio dos políticos) são os agentes da Banca e do poder económico que fazem lobby de pressão e influenciam os governos e os parlamentos.

Esta estratégia (de apresentar o gerente como o patrão) está orientada para fazer desaparecer o poder real que controla as estruturas dos Estados acima dos governos e dos sistemas parlamentares e jurídicos.

Quando a imprensa outorga (através da informação) o poder de decisão aos políticos e aos governos no poder, o que faz é diluir a compressão e retirar o poder real da vista das maiorias. Há uma explicação de fundo: Os políticos não são nada mais do que um fusível. Além da sua função de gerenciamento ao serviço da Banca e dos grandes grupos económicos, tem por missão preservar o anonimato dos centros de decisão que controlam o poder real.

O para-poder, o poder oculto, em nada é distinto do poder em si mesmo. Simboliza a chamada inteligência estatal, a revelação de pressões novas e emergentes sobre os Estados que representam determinados setores sociais. A invisibilidade do poder é a cara oculta do mando que se exerce contra toda a pressão, para além de quaisquer oposições sociais.

As maiorias, alienadas pela intoxicação da desinformação dos meios de comunicação social, creem habitualmente que o «poder» são os presidentes e os governos. Esta conceção massificada e alimentada pelos analistas políticos televisivos e radiofónicos, vulgarmente conhecidos por «papagaios» ou por «a voz do dono» - Portugal tem basta gentalha desta…- que fazem a apologia de que um Presidente da República ou outro género de chefe de Estado, é algo assim como uma entidade supra independente que toma decisões autónomas por cima do emaranhado estrutural do poder económico e empresarial.

Nas suas análises/prédicas habituais, os «analistas políticos» apresentam cenários de conflitos cujo eixo passa pelas competências e pelas guerras entre políticos e partidos, mistificando a realidade oculta - de que conhecem parte dela - ocultando deliberadamente, porque ao serviço de interesses mais poderosos como mercenários que são, a verdade aos cidadãos.

Este enfrentamento de políticos contra políticos pelo posicionamento eleitoral, por um lado, e pela guerrilha do governo contra a «oposição», por outro, nunca é associado ao establishment oculto (o poder sobre os governos) que marca a dinâmica da informação que as maiorias diariamente consomem.

Desta forma, o voto popular cumpre somente o papel de legitimação social do embuste institucionalizado com as eleições e a pretensão à participação massiva do povo na hora de votarem.

Um dos grandes segredos do poder e dos poderosos tem consistido na capacidade de vigiar os gestos e escutar as palavras dos seus concidadãos. Por tal facto existe a famosa expressão: «Conhecimento é poder».

É aqui que se encontra a origem – sem dúvida – e em primeira análise, da força enigmática que é atribuída a quem detém o mando.O fato do mesmo mover secretamente os fios para garantir e assegurar a continuidade do seu domínio, é uma das verdades mais antigas conhecida e praticada em política.

O que acontecia até há poucos anos, é que os políticos nas democracias modernas para se diferenciavam substancialmente de todos os seus antecessores, prometiam governar de forma transparente, com total visibilidade e clareza de ações, para que os cidadãos pudessem – ilusoriamente - controlar os excessos e abusos dos poderes dos Estados.

Tratava-se, por um lado, de fornecer garantias para o controlo político dos governantes e suas ações e, por outro, permitir um claro envolvimento dos cidadãos nas tarefas da gestão política que durante muitos séculos lhes foi vedada.

No entanto, atualmente as práticas de gestão política não só tem violado essas promessas de transparência e participação genuína, como têm vindo a desenvolver sofisticados métodos de vigilância eletrónica para controle de todos e cada um dos cidadãos, em moldes nunca antes conhecidos pela humanidade.

Quem controla os controladores? Questiona-se assim, se as«democracias»atuais são um poder controlado pelos cidadãos ou um poder controlador dos cidadãos?

Temos assim que a ordem política mundial influi crescentemente nos comportamentos políticos dos Estados nacionais.

Esses poderes são cada vez mais intangíveis nas áreas económicas e políticas, não mais representando países específicos, mas antes e sobretudo, clãs de banqueiros, empresas multinacionais ou grupos económicos mundiais de caráter financeiro. Os interesses destes poderes impõem aos países mais débeis políticas e etapas de crescimento económico, reformas dos seus meios de produção, de políticas sociais ou transformações das suas instituições políticas de forma a adaptar os Estados – segundo eles – a um mundo globalizado, cujo fim é a implementação de um governo mundial.

Pedro Pereira

 

 

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