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“ANTI-FASCISTAS” E “ANTI-RACISTAS”
(QUANDO SE ZANGAM AS COMADRES…)

28-08-2020 - Francisco Garcia dos Santos

Não pensem os caros leitores que estou de volta “à carga” com o mesmo assunto do meu artigo publicado na última edição deste Jornal. Não! Venho acrescentar algo ao teor daquele face ao que se passou entre “anti-racistas” e “anti-fascistas” na sequência das concentrações/manifestações “anti-fascistas”ocorridas em Lisboa e Porto no passado sábado, 15 de Agosto, organizadas por uma dita “Frente Unitária Antifascista” (FUA).

Como de costume, sempre que “1/2 dúzia de gatos” se reúnem ou manifestam em nome do anti-racismo e do anti-fascismo, pelo menos a RTP pública (paga por todos nós -vejam a rúbrica “Contribuição Audiovisual” na vossa factura da EDP ou de outra empresa fornecedora de energia eléctrica, para além dos valores do Orçamento de Estado a ela dedicados por prestar um “serviço público” (?)) promove as mesmas em todos os telejornais da véspera, da manhã do próprio dia, e depois “cobre-as” em vários “directos” durante a sua realização. E os pseudo-repórteres destacados para cobertura dos eventos não só fazem perguntas aos participantes com respostas já implícitas, como no fim se dão ao “luxo” de comentarem elogiosamente os mesmos e denegrindo outros de opinião contrária e ausentes, negando-lhes o direito ao contraditório, isto é, defenderem-se, algo intrínseco a um Estado dito de Direito e democrático como é proclamado o Português. Mas para além disto, a dita RTP empola os números de participantes, (des)informando os tele-espectadores sobre o número real dos que às mesmas acorreram. Ou seja,refere centenas de pessoas, mas sonega imagens panorâmicas do todo, impossibilitando os espectadores de avaliarem o verdadeiro número de presentes, apenas mostrando a tal “1/2 dúzia” de organizadores e participantes, manipulando escandalosamente a (des)informação. Portanto, quando coincidentemente os repórteres da RTP presentes nas concentrações/manifestações “anti-fascistas” ocorridas em Lisboa e Porto a 15 de Agosto passado -respectivamente Felipa Dias Mendes e Rui Sá- não só fizeram as ditas perguntas e comentários que não lhes compete fazer, como (des)informaram que em cada uma estavam presentes 300 pessoas. Porém, as imagens transmitidas apenas permitiram visualizar 30 ou 40 participantes. Ora, como soi dizer-se, “de duas três”: os pseudo-repórteres não sabem contar (algo que se aprende no “ensino básico”); consciente e propositadamente empolaram os números a benefício da dita “FUA”; ou então assistiram a “milagres” simultâneos em Lisboa e Porto de multiplicação de pessoas em tudo idênticos ao da “ multiplicação dos pães e dos peixes” por Jesus Cristo, conforme rezam os Sagrados Evangelhos!

Assim sendo, face ao somatório dos números de participantes em cada uma das ditas concentrações/manifestações “anti-fascistas” promovidas pela auto-denominada e proclamada “FUA”, o qual será de 100 ou pouco mais, forçoso é concluir que em Portugal existem tantas associações, grupos e organizações “antifas” quanto os manifestantes nelas presentes.

Porém, o curioso é que 19 (sim, dezanove!) organizações “anti-racistas” (lá está, tantas quantas os seus membros), tendo à “cabeça” a SOS-Racismo e pela voz, ou letra, do seu “grande líder” Mamadou Ba, vieram a público denunciar que a “FUA”, organizadora das tais concentrações/manifs, o fez à sua revelia, não as auscultou e integrou na respectiva organização, olvidou convidar os seus dirigentes para nelas participarem (sobretudo,osuper star Mamadou, o que é escandaloso!), procurou assim criar clivagens rácicas entre os Portugueses, contribuir para o ódio e violência racial, obter protagonismos individuais e egoístas, etc..

Nota importante!: desta vez não se viram nas concentrações/manifs a histórica socialista Ana Gomes ou as deputadas do BE, nem tampouco a grande activista e “estrela da companhia”JoacineKatar Moreira, assim como não se vislumbrou qualquer bandeira do BE.No entanto, o que se viu foi uma bandeira do “MAS – Movimento Alternativa Socialista” (ex-FER – Frente de Esquerda Revolucionária) ultra-extremo-esquerdista comunista trotskista, na concentração de Lisboa, aliás dissidente do BE,o que significa estar a “FUA” fora do seu controlodeste último,como melhor se compreenderá pela reacção hostil do Mamadou em seu próprio nome e de mais 19 -repito, dezanove!- grupos “anti-racistas”.

Ora quem diria que alguma vez o Mamadou e seus apaniguados ousariam acusare condenar os “antifas” da “FUA” de incentivarem ao ódio eá violência racista!?

Espantoso!!!

Mas desenganem-se!

O que está em causa nesta disputa não é o anti-fascismoou o anti-racismo, mas simefectivamente o protagonismo individual e a “legitimação” de todos os grupos, grupinhos e grupelhosdo “gueto” ideológico e social em que se inserem comoauto-proclamados arautos e “cavaleiros andantes”, lídimos defensores de minorias socialmente pseudo-excluídas e pseudo-vítimas da Sociedade em geral e dos fascistas e racistas em particular -daí o ressuscitar do “papão” fascista e o “aborto”, que não “parto”, dopseudo-racismo estrutural dos Portugueses. E nesta disputao que verdadeiramente está em “jogo” são avultados subsídios estatais atribuídos a vários desses grupos constituídos em associações e ONGs, que permitem aos seus dirigentes viverem “à tripa forra” sem trabalharem ou que alguma vez tenham trabalhado.

Deste modo, e com vista a cada uma das partes atingir ou manter a chulice dos Portugueses e estrangeiros legais residentes em Portugal que trabalham e pagam os seus impostos e descontam para os sistemas de Segurança Social, estamos a assistir a uma “guerra intestina” por dinheiro, o que até há dias era inimaginável, a qual se pode resumir assim:

Os “anti-racistas” fascistas lutam contra os “anti-fascistas” racistas, e os racistas “anti-fascistas” racistas lutam contra os fascistas “anti-racistas”.

Hilariante, não!?

“Zangam-se as comadres...”

Francisco Garcia dos Santos

 

 

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