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CRIATIVOS

21-08-2020 - Henrique Pratas

Normalmente este é o nosso que se dá às pessoas que têm a capacidade par criar e o que é isto.

Criar meus amigos é construir algo de novo em prol da sociedade ou de uma organização pública ou privada, de acordo com os nossos valores e princípios e sem obediências de qualquer espécie sejam selas de que cariz sejam, ideológicos, políticos ou um outro estigma qualquer a que não estejamos obrigados.

Nos dias que correm este ato está reduzido a número muito restrito de pessoas porque são poucos aqueles que permanecem livres de qualquer dogma, obediência partidária, credos, religiões ou interesses públicos, privados ou pessoais.

O que a maior parte das pessoas fazem é copiar e colar, mas podiam-no fazer bem, mas nem isto não capazes de o fazerem bem feito, copiam mal e colam ainda pior e o desastre está à vista.

A sociedade em que vivemos tem medo dos criativos, porque normalmente estes dizem o que não querem ouvir porque não são alinhados com nenhum sistema político partidário, são pura e simplesmente livre pensadores e isto incomoda muito, porque contraria a mediocridade instalada, o que é uma chatice. Existem uma série de “pastores” a tentarem a todo o custo a colocar o rebanho dentro do redil, para estar devidamente confinado às suas ideias e pretensões e surgem no meio deste esforço inigualável uns fulanos a pensarem de forma diferente e a tentarem construir alguma coisa, é uma chatice, porque isto vais contra o que é forjado por meia dúzia de “ fulanos” que tentam controlar tudo à viva força e sem olhar a meios.

De qualquer das formas nós em Portugal temos pessoas com capacidade para criar, inovar e de operacionalizar situações que modificariam em sentido positivo, o funcionamento do nosso País, mas estes esbarram logos naqueles que consideram este tipo de atitude uma afronta e quando assim é um criativo é logo morto à nascença e desta forma não causa mais danos.

Esta é a prática que tem sido seguida neste País e em particular nesta fase por que estamos a passar é notória a falta de incentivo a uma parte dos criadores que encontram o seu caminho nas artes. Criadores em outros sectores da actividade produtiva também os há só que estes ou se subjugam ao poder instalado ou são causticados e colocados de parte.

Mas voltando aos criativos na área das artes o apoio que este País lhes dá é miserável e não fosse a capacidade que estes têm para se reinventarem e serem solidários uns com uns outros a época pela qual estamos a passar seria bem mais grave. Esta para estes é muito grave, mas se estivermos com atenção existe entre estes uma solidariedade fora do comum e inventam maneiras para arranjar proveitos e reparti-los uns pelos outros e o País o que é que faz nada, porque um Povo culto é um grande incómodo para qualquer Governo, voltamos, ao principio já imaginaram a maior parte das pessoas a apresentarem ideias a contribuírem com soluções para a resolução dos problemas que os apoquenta, isto seria uma grande chatice para os iluminados dos nossos políticos que têm na sua mão os nossos destinos.

Os criativos não têm grau académico, nem condição social, tem apenas uma coisa que funciona e bem a sua mente, a forma como a verbalizam ou a manifestam é pouco relevante, são apenas cidadãos livres que pensam de uma forma livre sem obediências partidárias ou dogmas, sem ideias pré-concebidas ou qualquer tipo de preconceitos.

Esta minha deambulação sobre este tema decorre do facto de estar a assistir cada vez mais a pessoas a alinharem-se pelos cânones que estão pré-estabelecidos e outros que se afastam cada vez mais daquilo que não querem, mas que não se revêem nas medidas, impulsos ou orientações que o Governo tenta implementar.

Assim não vamos lá porque a maior parte dos cidadãos estão alheados dos problemas do País e apenas fazem um esforço inigualável para conseguir sobreviver, face às medidas erráticas que são colocadas em prática.

Vou-lhes escrever uma coisa que vos pode chocar, mas é a realidade, neste “combate” à pandemia gerada pelo COVID-19, já muitos dos decisores das medidas a tomar e alguns profissionais de saúde em particulares médicos se estão a borrifar para quem é contaminado ou não, se morre ou não morre, para alguns esta última situação constitui um alívio.

A Saúde está nas lonas, ou melhor se quisermos ser realistas está fora de controlo, porque os profissionais estão exaustos as divergências entre profissionais da saúde e políticos, sobre as medidas a aplicar são cada vez mais maiores e nós comuns dos cidadãos estamos voltados a abandono de uns e de outros, estamos apenas entregues à nossa sorte ou falta dela e assim vamos vivendo há espera de que ocorra qualquer “milagre” que nos ajude a voltar à nossa vida anterior, porque para nós nada há, para os membros do Governo, Presidente da República e demais políticos a fartura não falta, para eles não se passa nada.

Estas crises abalam sempre mais os menos afortunados, aqueles que se encontram bem instalados e abastados passam incólumes a estas e ainda se passeiam de um lado para o outro, como se nada estivesse a acontecer, tudo isto para uma vez mais nos enganarem e incentivarem a fazer o mesmo que eles fazem, só que existe uma grande diferença para eles existe sempre um médico ou equipe médica por trás deles, para nós não atrás de nós só o vazio e a boa vontade de alguns resistentes neste processo, que como já lhes referi começam a estar cansados de andarem a “tapar buracos” e a correrem atrás do prejuízo.

Esta minha visão das coisas pode não ser a mais agradável, mas é a minha e como comecei não nos deixam criar/inovar nada, porque de certeza já ouviram a expressão “não há nada para inventar”, isto é sinónimo de conformismo, poderá não haver espaço para não inventar nada mas para melhorar e criar novos procedimentos, com certeza que há e remeter as pessoas para esta frase é dizer-lhes não façam nada porque assim está tudo bem e isto, na minha opinião constitui uma grande desmotivação/afastamento de todo e qualquer processo existente numa sociedade.

Henrique Pratas

 

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