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A MÁQUINA DO TEMPO

19-06-2020 - José Janeiro

“não é destruir Historia, é fazer Historia diferente” - Marcelo Rebelo de Sousa (Presidente da Republica) em 15.06.2020.

Fixem esta data, 15.06.2020, quando o Professor Marcelo Rebelo de Sousa baixou as calças da historia do país expondo-se despudoradamente ás minorias étnicas que atacam a minha e a tua historia, querendo reescreve-la, tudo em nome de um MAL maior que é o achincalhar em nome de um suposto racismo inexistente.

Os nossos “egrégios avós” estarão a dar voltas na tumba ao verem o que fizeram a uma historia rica e esforçada. Não, estes de hoje, não são os descendentes dos navegadores de antanho que viram o mundo de outra forma e o foram conhecer, movidos pela curiosidade e riquezas (por que não dizê-lo), estes são os descendentes dos que aqui ficaram, que não tiveram coragem de enfrentar o desconhecido, os monstros dos cabos que achavam intransponíveis, estes são os descendentes do Velho do Restelo que deixaram pobre descendência: cobarde e néscia.

Para não correr o risco desta frase do selfieman ser lida fora do contexto fui ouvir, novamente, as declarações totais e afinal o homem (talvez atabalhoadamente) disse mesmo aquilo. Até posso acreditar que quisesse dizer algo diferente do interpretado, talvez mesmo quisesse ser apenas politicamente correcto para não insultar as ditas minorias que vociferam contra a historia, rica, do meu país, talvez até seja isso, mas se foi, tenho apenas uma palavra para o selfies: C O B A R D E!

O Marcelo, digníssimo Presidente desta Republica, de um país com 876 anos de historia, 5 de Outubro de 1143, diz-vos alguma coisa? Foi um fraco no que disse e destruiu o orgulho de Portugal. Um povo que conseguiu uma epopeia há 500 anos, em frágeis caravelas, que apenas foi modestamente igualada no século XX com a ida á lua, alguém envergonhar-se desta historia e não por na ordem os energumenos imbecis que querem denegrir os nossos “heróis do mar, nobre povo, nação valente e imortal” não será digno de ocupar o lugar que ocupa. Sim, temos que gritar bem alto: “ás armas, ás armas, sobre a terra e sobre o mar, pela Pátria lutar”, já que o Presidente da Republica se demite das suas funções mais básicas: ser o garante da unidade nacional. Não senhor Presidente, o Hino Nacional NÃO É UMA MERA MUSICA, é o sentir de um povo que tem que se sentir liderado de forma eficaz e não aceitar quem escarnece do passado desse povo. Macron já veio a terreiro dizer que não irá admitir que o façam em França, por cá o Marcelo-selfies, apenas quer por agua na fervura porque acha que devemos muito aos coitadinhos supostamente descendentes de escravos, que foram tão mal tratados há 500 anos!

O Presidente da Republica, quer ficar na historia como o Presidente dos afectos e por isso, exagera, faz disparates, deixa que o país seja achincalhado pelas ditas minorais, corre atrás de quem acha que Portugal, nasceu em 1974; de quem entrou neste país e foi recebido de braços abertos, como é uso e costume dos Portugueses; de quem aproveitando a tolerância de um povo se acha no direito de querer destruir todos os seus símbolos, a começar pela bandeira nacional que foi tão mal tratada naquela manifestação em frente á AR, por um tipo inculto e asno; de quem se acha no direito de vandalizar a eito, por uns quantos imbecis acharem que são símbolos de um colonialismo perdido no tempo e conseguem errar TODOS os tiros porque são apenas ignorantes e estúpidos; de quem grita racismo por tudo e por nada para se vitimarem e obterem vantagens próprias. A todos Marcelo pôs a mão por baixo na frase que referiu e quando disse que havia racismo em Portugal. Vergonha, Sr. Presidente.

Na verdade há de facto racismo de pretos contra brancos, de ciganos contra brancos ou dito de outra forma de minorias étnicas contra os Portugueses. Essas minorias foram testando o pulso dos políticos e verificaram que o politicamente correcto “exigia” a protecção abjecta dessas minorias, mesmo sem razão alguma, apenas porque são uns coitadinhos de cor diferente e essa tonalidade comanda a política hoje de forma abusiva.

Conheço e convivo com pessoas de todas as cores e raças, nunca tive qualquer problema com ninguém, nem nunca tratei de forma diferente pelo tom da pele ou nível social, nem nunca vi tal coisa, pois reagiria contra quem o fizesse, mas admito que haja resquícios de algum racismo em Portugal, agora fazerem querer que existe um racismo estrutural (expressão modernaça), não aceito, nem acredito. Existe sim, um desconforto contra criminosos que se acham impunes devido á cor da pele, isso são outros quinhentos, pois cometem as maiores diatribes a coberto da cor da pele.

A expressão Marcelista do “sim há racismo em Portugal” vem apenas dar força ás minorias para continuarem na sua senda criminosa pois acham-se apenas impunes por questões de gritaria de racismo.

O que o Presidente não entende, será a existência de diferentes tipos de racismo que podem ainda estar presentes na sociedade por diversas razões vamos elencar quais pois bastará conhecer o país e o seu povo nada mais: racismo de ex militares que vivenciaram a guerra do ultramar, haverá feridas ainda abertas por essa razão o que provoca culpar uma raça por isso; racismo pelo desconhecido, aqui incluem-se franjas da população que não sabem como lidar com uma cor da pele diferente, lembro-me dos primeiros militares negros que vieram concluir o curso de paraquedismo em Tancos e a reacção das pessoas ao verem a cor da pele, nunca tinham visto um negro, foi de surpresa e porque não de alguma repulsa; racismo por crimes hediondos cometidos por pessoas de cor diferente, na verdade, não é noticia com tanto impacto para a população a mesma situação com pessoas brancas, reconheço, aí existe o sentimento do “estrangeiro” que vem aqui fazer estas coisas; por fim, racismo por capilaridade, isto é, por se gritar racismo, contra quem não é, nem nunca pensou dessa forma, este tipo de racismo é a situação recente com as manifestações Floydianas e atitudes afins que não passam de “fait divers” de agendas políticas. Talvez se o senhor Presidente estivesse mais atento não diria disparates e não punha a mão por baixo de quem não merece consideração, seja que cor cubra o seu corpo.

Não sei se o Marcelo pretende contratar o Dr. Emmett Brown e o seu Delorean para viajar no passado para mudar a historia, suavizando-a, para não magoar os imbecis da actualidade, mas o Marcelo tem que entender, de uma vez por todas, que a historia é isso mesmo, apenas HISTORIA e que se regia por princípios diferentes dos de hoje, o que hoje catalogamos como monstruoso, na época era sinonimo de normalidade,e é á luz do passado que devemos ver as coisas e não tapar a historia ou ainda pior reescreve-la. Só Estaline tentou mudar a historia quando limpou das fotografias o Trotsky, Sr. Presidente, não queira ficar na Historia como um líder fraco, populista e pouco consistente e opositor da historia de Portugal, pois as gerações futuras o condenarão e talvez derrubem a sua futura estátua.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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