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A PANDEMIA

22-05-2020 - Henrique Pratas

Escrevo-vos sobre o COVID-19, vírus que tem vindo a afetar muitos Países e continuará a afetar se nenhuma das indústrias farmacêuticas descobrir nenhuma vacina. Aliás todas elas almejam conseguir este objetivo para aumentarem os seus lucros, porque a primeira que consiga este feito irá faturar desalmadamente e arrancar dente sem dor porque o que pretendem é isso mesmo ganhar muito dinheiro, o bem-estar das populações surge no meio da conversa para única e exclusivamente inglês ver.

Aliás tem-se visto o que aconteceu com as máscaras e os desinfetantes os preços oscilam no mercado de uma forma perfeitamente aberrante para as pessoas que pretendem cumprir com que o foi determinado pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Assim é fácil ver por este País fora que existem pessoas que não cumprem com o que é determinado, ou seja as recomendações não são cumpridas, mas ninguém olha para os motivos pelos quais não são cumpridos, não se cumprem nem ninguém faz para que sejam cumpridos ou se faça uma análise digna desse nome para detetar as razões as mesmas não são cumpridas.

Neste fim-de-semana decidi ir dar uma volta por Espinho e como estou a este fenómeno reparei que umas pessoas usam máscaras outras não enfim o que vemos todos os dias, o mais curioso nesta minha deslocação foi ter passado junto de uma tasca onde estavam muitos pescadores, perto da praia e amigos o que vi foi de facto a realidade, muita cerveja e pouca ou nenhuma máscara, porque disse-me um deles que a máscara atrapalhava muito para beber uma cerveja, isto de estar a por e tirar a máscara, cada vez que um homem quer beber um cerveja é uma trabalheira dos diabos.

Isto é em espinho como é aqui em Lisboa, como vai ser pelo resto do País, as pessoas estão fartas e cansadas de primeiro se ter dito que as máscaras não eram necessárias, depois que eram indispensáveis e andamos ao sabor da corrente, isto desacredita qualquer processo que se queira que seja cumprido.

Entretanto para ajudar há festa existem empresas que dizem para os trabalhadores comprarem as máscaras, as luvas e desinfetante para as mãos, outras oferecem isso aos seus trabalhadores, porquê esta diferenciação de critérios não o entendo, nem ninguém me consegue explicar a não ser pelo facto de não quererem aumentar os seus custos, mas existe ou devia existir uma função nas empresas que se designa por Higiene e Segurança no Trabalho que está consignado e consagrado em forma de Lei, mas que não se cumpre e a Autoridade para as Condições de Trabalho, também não questiona, enfim o costume, deixa andar pode ser que nos safemos.

Esta política do deixa andar pode sair muito cara aos cidadãos deste País, mas só espero é que na devida altura apareça alguém a assumir as suas responsabilidades, o que eu duvido muito.

Andamos a improvisar muito e navegar à vista, espero e desejo que o pior não aconteça, isto é regredirmos nesta situação de pandemia.

Ah, esquecia-me de vos escrever sobre o malfadado manual para nos deslocarmos há praia, não sei se já tiveram acesso ao mesmo, mas não vale a pena é um calhamaço de um tamanho descomunal e se para ir à praia é preciso cumprir com aquelas regras todas o mais simples é ficar em casa, os semáforos vão ser colocados, mais um negociozito, para alguém, mais-valia que retornássemos aos polícias sinaleiros, que eram uma figura mais simpática e provavelmente talvez desse mais resultado. Este ano uma ida à praia vai ser pior do que estar numa fila da Segurança Social, para tratar de qualquer assunto.

Vai ser preciso muita paciência, coisa que os portugueses já não têm e o desatino vai ser completo é por estas e por outras que eu temo que a situação pandémica venha a piorar, porque as pessoas já não aguentam mais e não vêm soluções há vista, nem nenhuma luz ao fundo do túnel.

Seja o que Deus quiser, como é corrente dizer-se.

Henrique Pratas

 

 

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