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POBRE RICARDO ESPÍRITO SANTO QUE NÃO TENS BENS PARA COBRIR AS TRAFULHICES QUE FIZESTE COM A COBERTURA DA CORJA

08-08-2014 - Eduardo Costa

Expliquem-me como se fosse uma “Loira Burra”. O Sr. Ricardo que todos os anos vai uns dias para a Comporta, brincar aos pobrezinhos, como a sua distinta esposa afirma publicamente, meteu-se em trafulhices cuja totalidade ainda desconhecida apresenta valores semelhantes aos que o orçamento de Estado gasta com a Saúde ou a Educação, por exemplo, e nós é que vamos pagar? É TABU falar-se da possibilidade de se accionarem os mecanismos legais para se caucionarem os bens patrimoniais e não patrimoniais da digníssima família Espírito Santo, enquanto não se avaliarem as suas responsabilidade criminais?

ACTIVOS DA FAMÍLIA ESPÍRITO SANTO

- É bom saber-se, para quando nos for apresentada a factura…

Quando nos for apresentada a factura do BES – leia-se: da família Espírito Santo – vai argumentar-se que o património da família é uma coisa e as empresas – o Grupo (para não dizer: a quadrilha) – é outra. O património das pessoas, ainda que sob a forma de outro universo empresarial, dirão eles, nada tem que ver com o património empresarial - BES. Vida privada é vida privada; vida empresarial é vida empresarial. Bla, bla bla…

Foi assim no BPN, já que ninguém tocou nas fortunas dos banqueiros e dos outros accionistas e responsáveis – não é verdade, Sr. Dias Loureiro? – Mas foi-se a correr ao dinheiro dos contribuintes, que nada tiveram a ver com a fraude. E assim será – se nós deixarmos – com o BES. Vai ser dinheiro nosso a pagar a conta, que, meus amigos, vai parecer a do BPN ser uma coisa de trocos. Haja banco bom com a designação de NOVO BANCO e banco mau, tenha lá o nome que tiver…

Mas vejam qual o património (conhecido) da Família Espírito Santo.

Herdade da Comporta (onde, candidamente, iam brincar aos pobrezinhos), com uma área de 12,5 mil hectares (área cultivada de arroz, 1.100 hectares e produz também: vinho, milho, batata-doce e curgetes). A parte florestal tem uma área de 7.100 hectares de pinheiros e carvalhos. Existe um projecto imobiliário e turístico.

Indústria hoteleira. Possui 14 unidades hoteleiras (Tivoli, Hotels & Resorts), todos de 4 e 5 estrelas. No Brasil 2 unidades (S.Paulo e Praia do Forte em S.Salvador da Baía). Em Portugal 12 unidades (6 no Algarve, 3 em Lisboa, 2 em Sintra e um em Coimbra). Tem uma oferta total de 3.000 quartos.

Operador Turístico. Tem mais de 50 balcões espalhados pelo País. A actividade alarga-se até Angola, Itália e Espanha. Opera com as marcas Top Atlântico, Carlson Wagonlit e BCD Travel. Detém a operadora online Netviagens.

Portucale. Proprietários da herdade Vargem Fresca (Ribatejo) com cerca de 510 hectares, alberga dois campos de golfe, Ribagolfe I e II. A Portucale esteve envolvida num escândalo em conjunto com o governo Santana Lopes/Durão Barroso/Paulo Portas, acerca de um abate ilegal de sobreiros, autorizado às pressas e após terem perdido as eleições para o PS. Conta-se que, na altura, o CDS teria recebido um milhão de euros e justificado ter sido oferecido por diversos donativos de militantes, entre eles, o muito glosado MANUEL LEITE DO REGO.  
Esta Propriedade foi destacada da Companhia das Lezírias (do Estado), com o argumento/justificação de que iriam ali plantar novas espécies arbóreas!!! Era bom, conveniente, que alguém fizesse uma investigação sobre a forma como esta propriedade foi transaccionada. Como foi retirada ao Estado, a que preço!

Espírito Santo Saúde. O grupo tem cerca de 18 unidades clínicas, 1.200 camas e cerca de 9.000 funcionários. Os três principais hospitais são o da Luz, em Lisboa, o da Arrábida, em Vila Nova de Gaia e o Beatriz Ângelo, em Loures.

Fazendas no Brasil. Existem duas grandes fazendas no interior do Brasil. Uma no Estado de S. Paulo com 12 mil hectares, mais propriamente em Botucatu, chamada Fazenda Morrinhos. Produz, laranjas, limões, eucalipto e cana-de-açúcar. A outra, é a Fazenda Pantanal de Cima, no estado de Tocatins, com uma área de 20.000 hectares, 3 mil dos quais asseguram produção de arroz no verão e de soja no inverno.

Herdade no Paraguai. É a maior herdade do Grupo. Estende-se por cerca de 135 mil hectares, no Paraguai. Este terreno tem uma dimensão onde caberiam 16 Lisboas. Alberga mais de 53 mil cabeças de gado e possui 75 mil hectares de pastagens, 12 mil hectares de floresta e 5 mil de cultivo agrícola, nomeadamente de soja e algodão.

Atlantic Meals – Agroalimetar. Produz arroz, milho e alimento para crianças, como as farinhas sem glúten. Tem três unidades industriais em Portugal (Coruche, Biscainho e Alcácer do Sal) e uma outra em Sevilha. Opera com as marcas Ceifeira, Sorraia, Atlantic e Atlantic Le Chef. A Atlantic Meals é fornecedora das indústrias cervejeira e agroalimentar. Tem uma capacidade de secagem de arroz e milho de 50 mil ton. ano.

Espírito Santo Property Brasil. É a empresa imobiliária do grupo no Brasil associada à OA (Oscar Americano), com vários projectos residenciais, de comércio, parques logísticos, escritórios e loteamento. As actividades principais são em S.Paulo, onde desenvolve projectos imobiliários emblemáticos, como o complexo Villa Lobos, com área comercial e residencial, ou a Alameda dos Pinheiros. Tem expandido a actividade a outros estados brasileiros, como é o caso da Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Baía. Já concretizou empreendimentos fora do Brasil, como é o caso do edifício Plaza Miami, no centro desta cidade norte americana, um prédio com uma área total de 120 mil metros quadrados com área residencial, escritórios e hotel.

Espírito Santo Property (Portugal). É um dos maiores promotores imobiliários de Portugal. Vocacionado para o segmento alto, a empresa foi criada com o nome Espart, designação que acabou por ser alterada em Novembro do ano transacto. Um dos primeiros grandes trabalhos foi o desenvolvimento da Quinta do Patiño, no Estoril (onde estão o Dias Loureiro e o Rendeiro), transformando um antigo palácio e respectivos jardins numa das áreas mais exclusivas de Portugal. Conta, além disso, no seu portfólio, com edifícios em Lisboa, com o nº. 15 da Rua Castilho e o 238 da Avª. da Liberdade, o Ivens 31, no Chiado e o Parque dos Príncipes, em Telheiras. E tem as residências do Palácio Estoril, a Quinta do Peru, em Azeitão, as Casas de São Francisco, em Santiago de Cacém, o Oeiras Golf & Residence, o Doro Atlantic Garden, em Gaia e as Quintas D'Al-Gariya, em Portimão, entre outros edifícios.

Companhia de Seguros Tranquilidade. Valor de activos sob gestão 800 (oitocentos) milhões de Euros.

Banco Espírito Santo

A GALINHA DOS OVOS DE OURO.

Não consta neste rol, as "poupanças estratégicas" eventualmente acantonadas em offshore´s (do BES/Angola (não se sabe onde param), cerca 5,7 mil milhões de $USA).

Sabe-se é que:

- O BES/Portugal, emprestou 3 mil milhões de Euros ao BES/Angola, os quais, dizem, estão perdidos.
- O BES emprestou ao Grupo Espirito Santo 1.200 milhões de €. Com insolvência deste grupo, a liquidação desta verba é um sonho.

- A Caixa Geral de Depósitos, desembolsou 300 milhões de euros, recebendo como garantia as acções do grupo, nesta altura do campeonato valem um grandíssimo ZERO. A C.G.D. (empresa pública), empresta 300 milhões de euros? E quem será o responsável? Logicamente a ministra das finanças. Estão todos calados que nem ratos...

- No cômputo geral, a exposição de empresas portuguesas no Espírito Santos Financial Group (maior accionista do BES), é de cerca 5.000 milhões de euros (cinco mil milhões de euros).

Ao ser aceite o pedido de protecção de credores e/ou em alternativa ser declarada a insolvência deste grupo, lá vem mais um "tsunami" financeiro (Quando o mar bate na rocha quem se lixa, quem é?, quem é?: Obviamente, o mexilhão).

Aconselho a quem tivesse muita fé, a pôr uma velinha aos pés da Nossa Senhora de Fátima e que reze muito e com toda a veemência, a fim de não ser outra vez o "mexilhão" a pagar estes desmandos. Ou melhor, não uma velinha mas sim uma palete delas e não rezem, acampem na igreja e se possível, peçam acompanhamento pelo Duarte Lima.

A desgraça deste país é o sistema bancário e tudo o que rodeia, a começar pela corja política como António Costa, caladinho que nem um rato sobre este assunto, mais o seu vice-presidente e primo de Ricardo Espírito Santo.

- Não foi esta oligarquia política, com o conforto do sr. governador do Banco de Portugal e do residente de Belém os incentivadores da chamada do FMI?

Com que objectivo?

- O objectivo era a salvação das suas casas bancárias, as maiores causadores da dívida soberana, hoje sobejamente sabido, ser ela mais privada do que pública, em detrimento do povo português, vilmente sacrificado, para satisfação da ambição destes malandros.

Enoja ver, ler e ouvir os mais diversos gurus do regime tentar minimizar os desmandos desta "troupe". No entanto, o excremento é tanto, que a carpete da "soleira" já não tem capacidade para acolher tanto lixo e este, já incontrolavelmente, é exposto à sociedade.

Onde estarão as críticas do Marcelo Rebelo de Sousa (cardeal Richelieu) e de Sousa Tavares?

- O primeiro tem como companheira, há longuíssimos anos, Rita Berta Cabral, administradora não executiva do BES e um dos três membros da Comissão de Vencimentos do BES, entre 2008/2012. Era assíduo acompanhante de Ricardo Salgado nas férias no Mediterrâneo.

E o segundo? Bem, os netos do segundo (Sousa Tavares), são os mesmos netos do sr. Ricardo Salgado.

Em súmula, que têm o senhor Cavaco Silva e o Governo a comentar sobre estas turbulências? Terão o moral suficiente para tomar decisões adequadas e criticar o seu aliado mais forte no derrube do governo anterior? Já começa a ser trágico (para o povo português) o constante envolvimento destas entidades com esta pirataria bancária. E o que constrange mais, desde o mais brilhante quadro até ao mais humilde servente? O saber-se que esta gente vai usufruir de chorudas pensões de reforma e passam incólumes perante a Justiça portuguesa. Que pena ainda não existir uma “Al-Qaeda” da ética política em Portugal.

Por fim, descobriu-se um novo super-homem, Vítor Bento. Este senhor foi convidado para presidir à administração do BES (antes tinha sido convidado para ministro das finanças. Declinou (sempre é melhor banqueiro que ministro) e assim avançou outro super-homem Vítor Gaspar (...afinal havia outro..."vítor" ... como diz uma famosa canção), o que me leva a acreditar que o Vítor (Gaspar), não era tão super como os "gurus do regime" nos quiseram vender. E este (Bento) será?

Desconfio e muito. Para já, o sr. Vítor Bento (protegido do Catroga) não tem qualquer experiência bancária. Teremos que acreditar na sua perspicácia e inteligência e apesar de lhe conceder o benefício da dúvida nestes requisitos, não acredito nele. E porquê?

Porque este indivíduo afirma e reafirma que a actual situação económica/financeira tem por culpado primário o POVO PORTUGUÊS, por ter VIVIDO ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES. É ele que vai agora presidir a uma entidade que é testemunho vivo contrário à sua pseudo-teoria.

Por fim, constata-se o aumento da dívida em 40%, desde a chegada da troika. A intervenção do Estado em 3 bancos (BCP, BANIF e BPI) BPN E BPP são casos de polícia e agora o estrondo do BES a somar às chorudas reformas dos ex-presidentes banqueiros, autores, no mínimo, de gestão danosa, com direito a prisão. E os "gurus do regime" não comentam nada? Ou será que comem todos na mesma gamela doirada?

O povo diz, no alto da sua sabedoria:

"ROUBAS UM PÃO ÉS UM LADRÃO, ROUBAS UM MILHÃO ÉS UM BARÃO"

 

 

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