O eco das aparências
01-05-2020 - Rabim Saize Chiria
É do domínio público que nos anos passados as pessoas eram mensuradas pelo seu trabalho, mas hoje somos mensurados pelo nivel de espetâculo que apresentamos e pela forma como nos vendemos no mercado grossista. A aparência passou a ter mais poder do que o nosso ser real. Dito de outro modo, o dever ser passou a ter mais visibilidade do que o ser real.
As nossas escolinhas, no espaço de produzir ideias e pensadores estão produzindo papel higiénico, desempregados e mendigos, emchendo as cavernas domésticas de Cvs especulativos e certificados descartaveis. Quando iremos substituir os problemas pelas solucões no processo de Ensino e Aprendizagem?
Passamos o tempo inteiro a exibirmos falsos sinais de riqueza, para merecermos destaque. Esta bem evidente que estamos habitando numa caverna de espetâculo e fantasias, onde as aparências, o orgulho e arrogância são energias que estão alimentando a nossa vida.
Irmãos, o homem medieval viveu económicamente precário, mas ele não viveu em desespero porque acreditava nas suas potencialidades e conseguiu dar volta da sua vida. Sáiba que, o homem medieval viveu no combate entre o mal e bem, mesmo assim, ele aceitou ocupar um lugar determinado no entendimento de que é neste lugar onde Deus lhe colocou. O homem medieval nunca teve ansiedade de exibir falsos sinais de bens para ter um estatuto de importância na sociedade, nunca.
Lição a ser apreendia: quanto mais nobre é uma coisa mais humilde essa coisa se mostra, quanto mais pobre mais embaraça, ou seja, quanto mais pobre mais dá nas vistas, quanto mais rico menos dá nas vistas. Portanto, a pobreza é barrulhenta, ao passo que a inteligência, a humildade e o humanismo são silenciosas.
Rabim Saize Chiria
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