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China condena invasão de Parlamento de Hong Kong e apoia investigação

05-07-2019 - G1

Na segunda, manifestantes fizeram protestos por ocasião da celebração oficial do 22º aniversário do retorno do território ao domínio chinês.

O governo central chinês condenou com veemência a invasão do Parlamento de Hong Kong, ocorrida na segunda-feira (2), e apoia a investigação penal determinada pelas autoridades da ex-colônia britânica contra "os autores da violência".

"Os atos graves e ilegais atropelam o estado de Direito em Hong Kong, minam a ordem social em Hong Kong e prejudicam os interesses fundamentais de Hong Kong", afirmou o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado da República Popular China, principal organismo do Poder Executivo.

"Expressamos nossa condenação veemente", completou em um comunicado publicado no site da instituição.

Na segunda, manifestantes fizeram uma passeata contra a chefe executiva, Carrie Lam, após a celebração oficial do 22º aniversário do retorno do território ao domínio chinês. Eles bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com grades de metal e cercaram o Conselho Legislativo (LegCo).

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter a os manifestantes, que usavam guarda-chuvas e máscaras para se proteger. Em uma segunda tentativa, eles conseguiram invadir o imóvel.

Os manifestantes exibiram a bandeira do período colonial britânico, arrancaram fotografias dos dirigentes de Hong Kong e provocaram destruição.

Antes da invasão, Lam disse que seu governo tem "muito a melhorar" e que "ouviria pacientemente" os jovens manifestantes. Porém, após a invasão do Parlamento, o governo emitiu um comunicado exigindo que eles deixassem imediatamente o imóvel. A polícia os expulsou do prédio pouco depois da meia-noite.

A região enfrenta nas últimas três semanas uma onda de protestos contra a crescente influência do governo chinês sobre a região, que enfrenta uma onda de manifestações desde que a administração local lançou um projeto de lei que autoriza a extradição de moradores de Hong Kong à China continental.

Manifestantes participam da manifestação anual pró-democracia em Hong Kong nesta segunda-feira (1º), no 22º aniversário da transferência do território britânico para a China

Aniversário da transferência para a China

Em 1997, a soberania do território foi transferida do Reino Unido à China. Desde então, o território é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas", o que permite que seus habitantes desfrutem de direitos raramente vistos na China continental.

Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado. Por isso, a cada aniversário da transferência da soberania a Pequim, os ativistas locais organizam grandes manifestações para exigir direitos democráticos, incluindo a possibilidade de escolher o Executivo local por sufrágio universal.

Em anos recentes, os ativistas conseguiram mobilizar grandes multidões, incluindo uma ocupação de dois meses em 2014 no distrito financeiro da cidade, mas não conseguiram qualquer concessão importante por parte de Pequim.

Em relação à proposta de extradição para a China continental, embora o governo de Hong Kong tenha abandonado a análise do polêmico texto, as manifestações prosseguiram. Recentemente, uma multidão tentou bloquear o quartel-general da polícia de Hong Kong em duas ocasiões.

 

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