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Alegadas agressões. Vídeo de curso da GNR segue para a Procuradoria

07-12-2018 - RTP

Um vídeo de telemóvel que terá registado agressões no curso de formação da Guarda Nacional Republicana em Portalegre foi remetido à Procuradoria-Geral da República, avança o Jornal de Notícias. Caberá ao Ministério Público decidir-se pela eventual abertura de um inquérito-crime. O alegado espancamento de dez formandos deu já lugar a um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna.

Segundo a edição desta segunda-feira do JN, o vídeo em causa regista “um dos combates mais violentos no módulo de bastão extensível do 40.º curso de formação da GNR, em Portalegre”.

A alegada violência exercida sobre formandos, adianta ainda o diário, foi filmada “por um oficial, com a categoria de alferes, destacado em Portalegre”. Este responsável terá sido “agredido e ameaçado”, escreve o Jornal de Notícias, citando fonte anónima.

Na sequência da manchete do JN, o ministro Eduardo Cabrita ordenou no domingo à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito ao alegado espancamento dos dez formandos durante os treinos em Portalegre. O objetivo, explicou o Ministério em comunicado, é o “apuramento dos factos e determinação de responsabilidade”.

Tais factos, a serem confirmados, “não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático”, vincou ainda o Ministério da Administração Interna, que pediu também “esclarecimentos ao Comando Geral da GNR sobre os factos descritos na notícia”.

Ouvido pela RTP, António Barreira, coordenador da Delegação Regional da Zona Sul da Associação dos Profissionais da Guarda repudiou este caso.

“Temos que nos questionar, dentro de um centro de formação, se o comandante da unidade, neste caso o comandante do centro, estava presente nestas instruções, se o senhor comandante do batalhão estava presente nas instruções e quem é que estava mais graduado e que viu o que se passou”, afirmou António Barreira.

“Este não é o ensinamento que é dado às polícias, nem à Guarda Nacional Republicana. Eu não aprendi isto, a minha instituição não se revê nisto, o senhor comandante geral de certeza que não se revê nisto, o senhor ministro da Administração Interna não se deve rever nisto e portanto, como ninguém se revê nisto, as pessoas que praticaram este ato criminoso devem ser punidas”, rematou.

Processo de averiguações

Por sua vez, em declarações à Lusa, o presidente da Associação Nacional de Sargentos da GNR, José Lopes, disse não querer acreditar “que tenha havido agressões, porque haveria dolo e tornaria o caso ainda mais grave, porque há lesões com gravidade”.

O mesmo dirigente associativo disse ainda ser “normal” a ocorrência de lesões em exercícios de red man, “mas não deste tipo”, em que alguns recrutas terão perdido a consciência e sofrido lesões oculares.

Nestes exercícios, explicou o presidente da Associação de Sargentos, com equipamento de proteção de cor vermelha simula “uma altercação de ordem pública e gera confusão para preparar os militares para saberem o que fazer nestas situações”.

Também ouvido pela agência de notícias, um porta-voz do Comando Nacional da GNR confirmou no domingo “a ocorrência” em Portalegre e indicou ter sido “determinado um processo de averiguações, que não está concluído”.

c/ Lusa

 

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