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Trump esclarece que se "exprimiu mal" após cimeira de Helsínquia

20-07-2018 - Andreia Martins

Depois da enxurrada de críticas de que tem sido alvo dentro do próprio Partido Republicano, o Presidente norte-americano veio esta terça-feira esclarecer que não se explicou da melhor forma na conferência conjunta com Vladimir Putin, após a cimeira realizada com o Presidente russo. Donald Trump diz agora que pretendia dizer que não vê razões para que não tenha sido a Rússia a interferir nas eleições presidenciais de 2016.

Afinal, foi tudo um mal entendido. Em conferência de imprensa a partir da Sala Oval, Donald Trump ofereceu explicações sobre as polémicas afirmações de segunda-feira que motivaram um coro de críticas de todo o espectro político norte-americano.

O Presidente norte-americano fez questão de esclarecer esta terça-feira que tem "plena fé" nos serviços secretos e agências norte-americanas e que "aceita" as conclusões que estas tornaram públicas sobre a alegada ingerência da Rússia nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, no sentido de beneficiar o então candidato republicano.

Refere mesmo que, durante a conferência, pronunciou mal uma das frases-chave captadas pela imprensa, esquecendo-se de adicionar uma "partícula negativa" e acabando por enviar uma mensagem no sentido contrário ao desejado. 

Na segunda-feira, em resposta aos jornalistas presentes, o Presidente norte-americano disse não estar convencido da influência de Moscovo nas eleições norte-americanas, ainda que os serviços de informações tenham apresentado conclusões em sentido contrário. 

"Não vejo nenhuma razão para que tenha sido a Rússia. O Presidente Putin foi extremamente forte e poderoso nas suas negações", disse na altura o Presidente norte-americano. Um comentário à revelia das mais recentes conclusões de agências e serviços de informações dos EUA, que motivou uma chuva de críticas e mesmo acusações de "traição" por parte de responsáveis políticas norte-americanos, desde logo o antigo diretor da CIA, John O. Brennan.

No entanto, o líder norte-americano explica agora que "a frase deveria ter sido 'Não vejo nenhuma razão para que não tenha sido a Rússia', uma espécie de frase com negativa dupla". 

"Acho que isto clarifica muito as coisas. Em numerosas ocasiões tenho reconhecido as descobertas feitas pelos nossos serviços de informações sobre a tentativa de interferência russa nas nossas eleições", disse Donald Trump. 

O Presidente norte-americano explicou que esteve esta terça-feira a reler a transcrição da conferência de imprensa após a cimeira com Vladimir Putin e que entendeu "que havia necessidade de fazer uma clarificação". Nesta declaração, Trump não faz qualquer menção às duras críticas de que foi alvo nas últimas 24 horas. 

Neste esclarecimento, o líder norte-americano sublinhou, no entanto, que quaisquer ações encetadas pela Rússia não tiveram impacto nos resultados finais do escrutínio. Trump prometeu ainda trabalhar na proteção absoluta das próximas eleições intercalares para o Congresso dos Estados Unidos, marcadas para novembro. 

As declarações proferidas em Helsínquia ao lado de Vladimir Putin surgem poucos dias depois de 12 agentes russos terem sido acusados de piratear a rede informática do Comité Nacional Democrata e a campanha de Hillary Clinton antes das eleições de 2016. Esta investigação está a ser conduzida pelo procurador especial Robert Mueller, a pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. 

Já esta segunda-feira, foi o próprio Departamento de Justiça norte-americano que acusou uma mulher de nacionalidade russa de operar como agente estrangeira nos Estados Unidos, no sentido de tentar influenciar a política interna norte-americana. Mariia Butina terá tentado orquestrar um encontro secreto entre Donald Trump e Vladimir Putin durante a campanha presidencial de 2016. 

Fonte: RTP

 

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