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Trump invoca "progresso imenso" da NATO mas exige mais

13-07-2018 - RTP

Em conferência de imprensa unilateral, no encerramento da cimeira em Bruxelas, o Presidente norte-americano sublinhou que os Estados-membros “aumentaram o seu empenho de forma substancial” e que a Aliança Atlântica “está muito mais forte do que estava há dois dias”. Voltou ainda assim a apelar ao reforço do investimento em defesa, considerando que os Estados Unidos "continuam a pagar demasiado" pela NATO em relação aos restantes países. Donald Trump abordou ainda alguns dos temas que serão discutidos durante o encontro com Vladimir Putin na próxima segunda-feira, enfatizando que prefere olhar para o homólogo russo “como um competidor, não como um inimigo”.

Ao segundo dia de cimeira da aliança atlântica, Donald Trump lançou o caos. Logo no início dos trabalhos, o Presidente norte-americano decidiu voltar ao tema dos gastos com a defesa, pressionando a Alemanha e outros países europeus a comprometerem-se com um maior investimento. 

A agenda não previa que esse assunto voltasse a estar em cima da mesa. O dia estava reservado para a discussão do envolvimento da NATO no Afeganistão, bem como para as conversações com a Geórgia e a Ucrânia, que pretendem integrar a aliança atlântica. 

No entanto, quando o tema dos gastos com defesa foi abordado de forma espontânea pelo líder norte-americano, os Presidentes dos três países externos à organização foram convidados a sair da sala, uma vez que se tratava de um assunto de cariz interno.

Segundo a agência Reuters, Donald Trump rompeu mesmo o protocolo diplomático e chocou os restantes líderes presentes na reunião, ao tratar a chanceler alemã pelo primeiro nome. "Angela, tens de fazer algo sobre isto", terá dito o presidente norte-americano, citado por vários responsáveis presentes no encontro. 

O improviso norte-americano obrigou Theresa May e Angela Merkel a cancelarem as respetivas conferências de imprensa. Ora, o momento de perguntas e respostas aos jornalistas protagonizado por Donald Trump, que não estava previsto na agenda do Presidente, voltou a criar desordem a partir do momento em que Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, anunciou a 

Já durante a conferência de imprensa, o Presidente norte-americano tocou nos mais variados temas, com especial ênfase nos resultados que retirou da própria cimeira que decorreu em Bruxelas nos últimos dois dias. Donald Trump faz uma leitura positiva e viu mesmo um "progresso imenso" no encontro de líderes, uma vez que todos se comprometeram a "aumentar os gastos" com defesa.

"Ontem disse-lhes que estava muito descontente com o que estava a acontecer e eles aumentaram o seu empenho de forma substancial. Agora estamos muito felizes. Temos uma NATO muito poderosa e muito forte. Está muito mais forte do que estava há dois dias", concluiu o Presidente norte-americano.  

Donald Trump assegurou ainda que o empenho dos Estados Unidos com a organização "continua muito forte" e assinalou o "nível de espírito" que encontrou nas reuniões de trabalho com os restantes líderes.

Nas contas da Administração norte-americana, os restantes 28 países da aliança atlântica "angariaram desde o ano passado mais 33 mil milhões dólares" e comprometeram-se a aumentar esforços para atingir mais rapidamente a meta dos dois por cento do PIB em gastos com a defesa. 

Neste ponto, Trump voltou a assinalar que os gastos em defesa obrigatórios a cada país se deveriam situar nos quatro por cento, ou seja, o dobro daquilo que a esmagadora maioria dos países ainda não consegue despender. "Os números [do investimento] subiram como um foguete, e vão continuar a crescer", acrescentou.  

Segundo o jornal The Guardian, vários responsáveis europeus, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, contrariaram as afirmações do líder norte-americano, esclarecendo que os Estados Unidos não conseguiram novos compromissos significativos. Os planos de investimento de cada país permaneciam praticamente os mesmos que vigoravam antes da cimeira. 

Questionado pelos jornalistas sobre uma potencial ameaça de saída dos Estados Unidos da organização, o Presidente norte-americano não ofereceu uma resposta direta, referindo apenas que "teria ficado muito infeliz" se os países não se demonstrassem dispostos a aumentar as respetivas despesas e que, enquanto Presidente dos Estados Unidos, poderia retirar o país da aliança atlântica sem o aval do Congresso. "Penso que poderia, mas isso não é necessário", disse.

 

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