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IGAI atenta à presença da extrema-direita nas forças de segurança

08-06-2018 - RTP

Ao gabinete da inspetora-geral da Administração Interna chegam “queixas” a apontar para a presença do ideário da extrema-direita entre as polícias, mas não tem a “indicação de que existe uma infiltração organizada, em forma de associação criminosa”. Em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, Margarida Blasco garante que o fenómeno é investigado.

“Não tenho a indicação de que exista uma infiltração organizada, em forma de associação criminosa. Tenho queixas que são analisadas e investigadas. Não vou dizer qual o resultado de investigações que estejam em curso”, afirma Margarida Blasco na entrevista publicada esta quinta-feira.

Questionada sobre o teor do Relatório Anual de Segurança Interna de 2017, que apontava para a “infiltração de pessoas de extrema-direita no sector da segurança privada”, e a eventual repetição deste fenómeno nas polícias, a responsável enfatiza que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) “tem um papel pequeno” no que diz respeito ao domínio privado.

“Se detetar algum membro das forças de segurança a prestar serviço numa destas empresas atuará. É uma situação que tem sido muito fiscalizada, até porque há departamentos na PSP que fazem esse controlo. A IGAI acompanha estes fenómenos a par e passo, para evitar que se instalem e progridam”, declara.

A inspetora-geral refere-se também às situações de alegado racismo nas polícias, afiançado que a IGAI tem vindo a agir para contrariar comportamentos discriminatórios.

“A IGAI tem tomado medidas para evitar estas situações. Quem pratica este tipo de atos e é condenado deve, como é evidente, ser erradicado. Queremos forças e serviços de segurança que cumpram intransigentemente os direitos humanos. E nisso somos intransigentes”, responde Margarida Blasco, quando confrontada com casos como o de 17 polícias acusados de racismo e tortura sobre jovens da Cova da Moura.

“Podemos compreender determinados fenómenos mas não pactuamos com eles. E queremos ir a fundo”, acentua, para depois sustentar que a pergunta sobre a eventual existência de racismo entre as forças de segurança deve ser colocada “ao cidadão, que tem meios para dizer se acha que foi vítima” de comportamentos nesse sentido.

 

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