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Ucrânia diz que jornalista russo Arkadi Babchenko está vivo

01-06-2018 - DN

Autoridades ucranianas dizem agora que foi travado um plano que tinha sido montado para assassinar o jornalista crítico de Putin.

Tinha sido dado como morto e o seu desaparecimento motivou reações oficiais na Ucrânia, Rússia e da União Europeia. Mas, esta tarde, Arkadi Babchenko apareceu numa conferência de imprensa em Kiev, com responsáveis dos serviços de segurança ucranianos, em imagens transmitidas em todo o mundo.

A informação contradiz a notícia avançada na terça-feira, de que o jornalista russo, crítico de Putin, fora assassinado com diversos tiros nas costas, em Kiev, que fora encontrado pela mulher no edifício do seu apartamento e que morrera na ambulância que o transportara para o hospital.

Segundo os serviços de segurança ucranianos, Babchenko encenou a sua própria morte com a ajuda da polícia, no quadro de uma investigação sobre a ameaças à sua vida. O plano para o matar estava em curso há mais de um mês, indicaram.

"Graças a esta operação, conseguimos frustrar uma provocação cínica e documentar os preparativos deste crime pelos serviços especiais russos", disse Vasily Gritsak, diretor dos serviços de segurança da Ucrânia, em declarações aos jornalistas, precisando que a "provocação" consistia em assassinar Babtchenko.

O jornalista russo, por seu lado, agradeceu a todos que tinham reagido e lamentado a sua morte, segundo noticiaram as agências internacionais.

Babchenko, de 41 anos, era um crítico contundente das políticas do Kremlin, nomeadamente da anexação da Crimeia, do apoio aos insurgentes separatistas no leste da Ucrânia e da campanha russa na Síria.

As reações à notícia não se fizeram esperar. O primeiro-ministro ucraniano, Vladimir Groisman, acusou terça-feira a Rússia de estar na origem então do assassinato do jornalista russo. "Tenho a certeza de que a máquina do totalitarismo russo não o perdoou pela sua honestidade e princípios", escreveu Groisman no Facebook.

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, manifestou-se, por seu lado, "muito triste" por ver a Ucrânia a culpar Moscovo pelo assassínio de Babchenko, que estava a morar em Kiev.

"Arkady Babchenko foi morto, abatido na escadaria do edifico do seu apartamento e o primeiro-ministro ucraniano diz que os serviços especiais russos são responsáveis (...) É muito triste", afirmou Lavrov em conferência de imprensa.

 

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