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Passos e Costa exaltados no Parlamento (e não foi bonito de se ver)

10-03-2017 - Lusa

António Costa e Passos Coelho protagonizaram uma acesa troca de acusações no debate quinzenal, no Parlamento, depois de o líder do PSD ter afirmado que o primeiro-ministro quis “enlamear” o anterior executivo a propósito do caso das offshores .

“Pelo menos, peçam desculpa pelas insinuações”, pediu Passos, depois de acusar o Governo de   “tentar enlamear as pessoas”   do seu Governo, no âmbito do caso das transferências para offshores e que o actual Executivo imputa à responsabilidade do anterior Executivo.

As acusações do presidente do PSD, já no final do seu tempo de intervenção no debate, foram vistas pelo primeiro-ministro, António Costa, como “uma encenação” para passar a imagem de que existe uma   “degradação e uma crispação do ambiente parlamentar” , ideia que rejeitou.

Passos Coelho afirmou saber hoje que “não existe sobre as transferências para   offshores nada que envolva a responsabilidade política” do anterior governo   e que “mais de metade do que supostamente não passou pelo crivo do fisco devia ter passado já depois de o governo que liderou ter cessado funções”.

Na resposta, Costa acusou Passos de “desfaçatez” e a bancada do PSD de ser “ressabiada” ; “há 15 dias esteve aqui a insultar-me, pôs o seu líder parlamentar a insultar-me”, atirou ainda o primeiro-ministro, acusando o líder social-democrata de ter feito sair de uma reunião do partido afirmações de que era   “reles, vil, soez” .

“O senhor não perde oportunidade para denegrir os seus adversários”, lançou Passos no contra-ataque.

E o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, chamou   “mal educado”   ao primeiro-ministro, pedindo-lhe respeito pela sua bancada e lembrando Costa de que os sociais-democratas venceram as últimas eleições legislativas.

A tensão foi tanta que a líder bloquista, Catarina Martins, deixou reparos aos dois rivais políticos.   “Não foi bonito o que se viu” , atirou, queixando-se de que ninguém percebeu o que aconteceu entre ambos e apelando aos dois dirigentes para falarem “português” e “das pessoas”.

Catarina Martins levou para o debate quinzenal a polémica em torno do Governador do Banco de Portugal,   Carlos Costa , insistindo que este deve ser afastado “porque se mostrou incapaz de independência”.

Este foi outro tema fortemente discutido entre Costa e Passos Coelho, com o primeiro-ministro a   acusar o PSD de não ter defendido o Governador , mas de se “defender a si próprio por ter feito uma recondução, apesar de tudo aquilo que tem vindo a público e que já constava da Comissão de Inquérito”.

 

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