Wikileaks revela documentos de programa de espionagem informática da CIA
10-03-2017 - EFE
O site divulgou, esta terça-feira, vários documentos sobre um programa secreto de espionagem informática da CIA, considerado pelo seu fundador como “a maior divulgação de informações de ficheiros secretos da história”.
A Wikileaks tinha planeada uma conferência de imprensa na Internet para apresentar o projeto “Vault 7”, mas, de seguida, anunciou no Twitter que as suas plataformas tinham sido atacadas.
Em comunicado, o fundador do site, Julian Assange afirma que a publicação destes documentos é “excecional de uma perspetiva legal, política e jurídica”.
Segundo a Wikileaks, esta primeira entrega, chamada de “Year Zero”, e na qual são expostos os sistemas de espionagem informática, software maliciosos e outras armas digitais utilizadas pela CIA, têm um total de 8.761 documentos e arquivos.
A documentação é procedente de “uma rede isolada e de alta segurança situada no Centro de Inteligência Cibernética da CIA em Langley, na Virgínia”.
A Wikileaks explicou que “a CIA perdeu o controlo sobre a maior parte do seu arsenal”, que inclui um vasto número de armas tecnológicas e cibernéticas que visam aparelhos (como smartphones e televisões) de marcas como a Apple, Google, Microsoft e Samsung , que podem transformar-se em “microfones encobertos”.
De acordo com o site, esta informação chegou às mãos de antigos hackers do Governo e de outros agentes de maneira “não autorizada” e um deles fez chegar partes deste arquivo à Wikileaks.
Assange dirigiu a divulgação do “Vault 7” a partir da sua residência na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou em 2012 para evitar a sua extradição para a Suécia, onde é acusado de um crime sexual. O fundador teme que este país possa entregá-lo aos EUA, que o investigam pela divulgação, em 2010, de documentos confidenciais americanos.
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