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Maioria absoluta de centro-direita no Conselho de Estado de Marcelo

21-06-2024 - Artur Cassiano

Pedro Nuno Santos, Carlos César, Pinto Balsemão, Carlos Moedas e Ventura são as escolhas de PS, PSD e Chega . Alegre, Cadilhe e Sampaio da Nóvoa foram afastados de Belém.

As contas são simples: só quatro dos 18 conselheiros do Presidente da República se situam à esquerda. Todos os restantes, à exceção da maestrina Joana Carneiro [filha de Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação no primeiro governo de Cavaco Silva, e de Maria do Rosário Carneiro, antiga deputada do PS] e de Ramalho Eanes, ex-presidente da República (de 1976 a 1986) e do Conselho da Revolução, se enquadram à direita e no centro-direita.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, Carlos César, presidente do PS, José João Antunes, presidente do Tribunal Constitucional [que sucedeu ao ex-deputado PSD Costa Andrade na presidência do TC], e Lídia Jorge, escritora e escolha pessoal de Marcelo Rebelo de Sousa, são os únicos que preenchem o quinhão da esquerda no Conselho de Estado.

Dos anteriores cinco eleitos pela Assembleia da República saem Manuel Alegre, histórico socialista, e António Sampaio da Nóvoa [candidato derrotado por Marcelo nas presidenciais de 2016 e que tinha apoio de Eanes, Soares, Sampaio e Carlos César, por exemplo], indicados pelo PS, e Miguel Cadilhe [por duas vezes ministro das Finanças nos governos de Cavaco Silva], que foi uma escolha do PSD.

Pedro Nuno Santos, Carlos César - que se mantém -, Francisco Pinto Balsemão - que também continua , Carlos Moedas e André Ventura são os nomes indicados por PS, PSD e Chega para o Conselho de Estado.

No órgão de consulta política do Presidente da República estão agora presentes quatro antigos líderes, dois ex-primeiro-ministros, um atual e um ex-presidente da República e o atual chefe de governo.

Cavaco Silva, que foi líder do PSD (eleito em 1985), primeiro-ministro (de 1985 a 1995) e presidente da República (de 2006 a 2016), Pinto Balsemão, que foi primeiro-ministro (de 1981 a 1983) e líder social-democrata (de 1980 a 1983), Marques Mendes, que também liderou o partido (de 2005 a 2007), o recém-eleito primeiro-ministro Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente (desde 2016) e ex-líder (de 1996 a 1999), constituem este grupo da elite política social-democrata.

E a estes há que somar o ex-ministro social-democrata (nos dois governo de Passos Coelho) e presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, a antiga ministra da Saúde nos governos de Cavaco Silva e atual presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, o líder do PSD-M e chefe do governo madeirense desde 2015 - que pode na quinta-feira ver chumbado, pela primeira vez, um programa de governo -, Miguel Albuquerque, o presidente do Governo Regional dos Açores desde 2020, José Manuel Bolieiro, e o atual presidente da Câmara de Lisboa, ex-deputado, ex-secretário de Estado no primeiro governo de Passos Coelho e ex-comissário europeu, Carlos Moedas.

Por fim, existe a direita centrista representada pelo ex-líder parlamentar do CDS, António Lobo Xavier, e a direita radical do Chega, que coloca o seu presidente no Conselho de Estado.

Os deputados vão também eleger amanhã o presidente do Conselho Económico e Social, que será o social-democrata Luís Paes Antunes, o presidente da Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial, um membro da Comissão Independente de Acompanhamento e Fiscalização das Medidas Especiais de Contratação Pública, do Conselho de Fiscalização da Base de Dados de Perfis de ADN e do Conselho Pedagógico do Centro de Estudos Judiciários, dois elementos do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos e da Comissão de Fiscalização dos Centros Educativos. E cinco do Conselho Superior do Ministério Público e sete vogais do Conselho Superior de Magistratura, além de cada grupo parlamentar apontar uma pessoa para a Comissão Nacional de Eleições. Pelo PS mantém-se o atual porta-voz, Fernando Anastácio.

Fonte: DN.pt

 

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