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Kremlin diz saber "há muito" que a NATO enviou soldados para a Ucrânia

15-03-2024 - SIC Noticias

Os serviços secretos da Rússia dizem saber há muito que a NATO enviou soldados para a Ucrânia. A informação foi avançada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à imprensa polaca.

"Estamos a acompanhar de perto, vocês sabem que os nossos serviços há muito têm informações de que, de uma forma ou de outra, pessoas que se autodenominam conselheiros e que estão diretamente relacionadas com NATO no território da Ucrânia", disse Peskov aos repórteres, citado pela agência Sputnik.

Peskov comentava as notícias dos meios de comunicação polacos de que soldados da NATO estão na Ucrânia, hipótese confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia.

"Os militares da NATO já estão presentes na Ucrânia. E gostaria de agradecer sinceramente aos representantes destes países por assumirem este risco", disse Radoslaw Sikorski, numa conferência dedicada ao 25º aniversário da adesão da Polónia à NATO, no domingo.

A 26 de fevereiro, o Presidente francês Emmanuel Macron disse que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não deve "ser descartado" no futuro, anunciando ainda uma coligação para a entrega de mísseis de médio e longo alcance a Kiev.

O governante francês referiu, numa reunião de alto nível que o próprio convocou em Paris, e na qual Portugal esteve representado pelo primeiro-ministro, António Costa que foi decidido avançar com "uma economia de guerra" "criar uma coligação para ataques profundos e, portanto, mísseis e bombas de médio e longo alcance".

Ainda antes do encontro, o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, avançou que alguns países ocidentais estão a considerar acordos bilaterais para enviar tropas para a Ucrânia.

Macron, por sua vez,  não descartou o envio de forças militares para a Ucrânia,  embora tenha reconhecido que neste momento não há consenso a esse respeito.

"Não há consenso hoje para enviar tropas terrestres de forma oficial, assumida e endossada. Mas dinamicamente, nada deve ser excluído. Faremos tudo o que for necessário para garantir que a Rússia não possa não vencer esta guerra", explicou o Presidente francês, citando uma "ambiguidade estratégica" que aceita.

O governante apontou que  os aliados de Kiev devem "fazer mais" no que diz respeito ao envio de recursos militares para a Ucrânia.

"Existem várias opções em cima da mesa, como a emissão conjunta de dívida" para a Ucrânia, explicou.

Considerado a "prioridade das prioridades" as munições,  Macron garantiu que os aliados estão "determinados a chegar ao fim das reservas disponíveis".

"De acordo com a nossa análise (...). A Rússia continua a guerra e a sua conquista territorial, contra a Ucrânia, mas contra todos nós em geral (...). Estamos convencidos de que a derrota da Rússia é essencial para a segurança e a estabilidade em Europa", sublinhou.

O primeiro-ministro português assegurou, depois do encontro de alto nível, que "não há nenhum cenário em que essa questão se tenha se tenha colocado", para o envio de tropas por países da NATO.

António Costa comparou a invasão russa da Ucrânia à ocupação de Timor-Leste pela Indonésia , afirmando esperar que o direito internacional prevaleça em território ucraniano.

Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de março,  o Presidente francês convocou uma reunião de alto nível em Paris para analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia.

 

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