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FERNANDO MEDINA E DUARTE CORDEIRO SUSPEITOS DE CORRUPÇÃO E PREVARICAÇÃO

26-05-2023 - Madremedia

Fernando Medina, atual ministro das Finanças e antigo presidente da Câmara de Lisboa, é suspeito de ter aprovado ajustes diretos em contratos da autarquia e ter promovido um acordo secreto entre responsáveis do PS e do PSD, com o intuito de negociar posições políticas nas autárquicas, avança a CNN Portugal. Duarte Cordeiro também estará envolvido.

Em causa estão alegados atos de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, tráfico de influências e abuso de poder, já que Medina, então autarca da capital, terá encoberto a distribuição de avenças para trabalhos fictícios e negócios celebrados com empresas em ajustes diretos, em troca de benefícios pessoais.

Por outro lado, e de acordo com o Ministério Público, Medina terá negociado um acordo secreto com figuras do PSD, seis meses antes das eleições autárquicas de 2017. Segundo a investigação da CNN Portugal , Medina parece “tramado” pelo então vice-presidente da bancada do PSD, Sérgio Azevedo, e pelo presidente da junta de freguesia da Estrela, Luís Newton, ambos sob escuta. “Está combinado com o Medina eles apresentarem uns gajos merdosos para garantirmos (PSD) as nossas juntas”, diz Azevedo ao telefone, em maio de 2017. “Um acordo de governação com tachos por fora”, reforça.

Além de Medina, também estão envolvidos na teia de favores o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro, que na época era o braço direito de Medina na Câmara de Lisboa, e ainda um deputado do PSD. No entanto, ambos os governantes já vieram a público desmentir as acusações.

O inquérito criminal no DIAP de Lisboa ter-se-á iniciado em 2016 com várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa Ambigold, que tem como sócio-gerente Carlos Eduardo Reis, atual deputado do PSD. Com a ajuda de Sérgio de Azevedo (ex-deputado do PSD), a Ambigold terá conseguido contratos públicos para a limpeza e conservação de jardins públicos de três juntas de freguesia lideradas pelo PSD (Areeiro, Estrela e Santo António). No total, estarão em causa contratos superiores a 1 milhão de euros.

No âmbito da adjudicação de tais contratos, o DIAP de Lisboa e a PJ suspeitam de alegada corrupção ativa de Carlos Eduardo Reis e alegada corrupção passiva dos líderes autárquicos, Fernando Braamcamp (Areeiro), Luís Newton (Estrela) e Vasco Morgado (Santo António). Foi noticiado pela revista Sábado e pelo semanário Sol que também estavam em causa o alegado financiamento partidário do PSD, sendo certo que as primeiras buscas judiciárias de grande dimensão foram realizadas em 2018 e também foram motivadas por vários indícios reforçados de alegado financiamento partidário proibido.

Duarte Cordeiro não foi ouvido pelo Ministério Público em caso de alegada troca de favores

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, afirmou hoje que não foi “chamado ou ouvido pelo Ministério Público” sobre uma alegada troca de favores entre o PS e o PSD em Lisboa.

“Nunca, em nenhum momento, fui chamado ou ouvido pelo Ministério Público (MP) sobre qualquer tema relacionado com estes assuntos”, disse o ministro em resposta à Lusa sobre alegadas suspeições de favorecimento.

Duarte Cordeiro garante ainda que não teve "qualquer responsabilidade nem intervenção no processo relacionado com o projeto Torre de Picoas", outro tema alegadamente investigado pelo MP.

Numa reportagem emitida esta noite pela TVI, Duarte Cordeiro é apontado como mandatário numa troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para eleições autárquicas de 2017, de forma a garantir a manutenção de certas freguesias lisboetas. No caso são citados ainda o antigo presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina (atual ministro das Finanças) e o ex-deputado do PSD Sérgio Azevedo.

“O PS nas eleições de 2017 não só não fez qualquer pacto como, aliás, ganhou mais duas freguesias do que as que tinha antes dessas eleições, uma das quais conquistada ao PSD [Avenidas Novas]”, afirmou o agora ministro do Ambiente.

Duarte Cordeiro assinala ainda que o partido “fez um outro acordo coligatório com o Partido Livre que encabeçou as listas autárquicas para a Freguesia da Estrela e Areeiro” e que na Freguesia de Santo António e Belém “as escolhas foram, desde logo, das secções do PS do território em causa”.

A reportagem da TVI cita, por várias vezes, indícios da procuradora Andrea Marques e da Polícia Judiciária, incluindo escutas telefónicas e emails apreendidos do computador de Fernando Medina.

A peça remete ainda para “acordos políticos entre Sérgio Azevedo (PSD), Duarte Cordeiro e Fernando Medina (PS) para a colocação de pessoas em lugares para avenças e posições estratégicas” em 2017, detalhados por uma investigadora da PJ num relatório do processo Tutti Frutti. A Lusa contactou outros dos nomeados na reportagem, incluindo Fernando Medina, não tendo ainda obtido qualquer resposta.

Luís Montenegro pede que justiça seja rápida no caso de alegada troca de favores

O presidente do PSD defendeu hoje ser necessário “saber a verdade e tirar consequências” sobre a alegada troca de favores entre o PS e os sociais-democratas em Lisboa, exigindo que a justiça “seja rápida e conclua" a investigação.

“É impossível pactuar com a corrupção da democracia. Temos de saber a verdade e tirar consequências. Exige-se que a justiça seja rápida e conclua esta investigação”, sublinhou Luís Montenegro numa publicação na rede social Twitter.

A publicação do líder social-democrata, feita pelas 00:30 de hoje, surge após uma reportagem emitida esta terça-feira à noite pela CNN Portugal  sobre uma alegada troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para eleições autárquicas de 2017, de forma a garantir a manutenção de certas freguesias lisboetas.

No caso são citados o antigo presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina (atual ministro das Finanças), o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o ex-deputado do PSD Sérgio Azevedo.

A reportagem da CNN Portugal cita, por várias vezes, indícios da procuradora Andrea Marques e da Polícia Judiciária, incluindo escutas telefónicas e emails apreendidos do computador de Fernando Medina.

A peça remete ainda para “acordos políticos entre Sérgio Azevedo (PSD), Duarte Cordeiro e Fernando Medina (PS) para a colocação de pessoas em lugares para avenças e posições estratégicas” em 2017, detalhados por uma investigadora da PJ num relatório do processo Tutti Frutti.

Fonte: MADREMEDIA/SAPO

 

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