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Engasgamento com comida ou objeto pode ter sido causa da morte de menino de seis anos

21-01-2022 - Vera Arreigoso

Criança tinha seis anos, uma dose da vacina pandémica há uma semana e estava infetada com covid. Na tarde de sábado, deu entrada na Urgência em paragem cardiorrespiratória. Ao ser entubada para reanimação, detetaram-se sinais de vómito e engasgamento

Só a autópsia pode revelar o que ditou a morte de uma criança de seis anos no domingo, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas uma associação imediata à vacina contra a covid, que tomara no passado dia 8, ou à infeção pelo vírus, detetada dias depois, pode ser simplista. A equipa que a assistiu junta uma terceira hipótese: engasgamento.

O menino, sem histórico de doenças, deu entrada na Urgência durante a tarde de sábado sem sinais de batimento cardíaco e de respiração e, ao ser entubado para reanimação, apresentou vestígios de vómito e de engasgamento, aparentemente por comida. Mas o achado clínico está por explicar.  

A equipa que estava de serviço na Urgência pediátrica não conseguiu determinar com clareza se a obstrução aconteceu antes ou depois da paragem cardiorrespiratória. Ainda assim, cardiologistas pediátricos disseram ao Expresso que, normalmente, não há vómito após o coração parar de bater e a respiração ser suspensa. 

Da informação recolhida, sabe-se que a criança estava positiva à covid-19 e sintomática, com 38, 3 ºC de febre, e sozinha na sala de casa, nas Avenidas Novas, quando foi encontrada inanimada pelo pai, pelas 16h40. A família terá contactado o 112 mas, ao Expresso, o INEM adiantou que, numa primeira triagem, não há registo de um pedido de socorro.  

“A central 112 pode não ter logo atendido ou não ter conseguido transferir o pedido de socorro para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes, que aciona os meios, e a chamada ter sido desligada pelos pais”, admite uma fonte da rede de emergência. A verdade é que a criança chegou ao hospital transportada no carro da família.  

O auxílio no hospital de Santa Maria foi assegurado de imediato. Minutos depois de entrar na Urgência estava já nos cuidados intensivos e com a reanimação bem sucedida. As lesões mostraram-se, ainda assim, irreversíveis e a morte cerebral acabaria por ser declarada no domingo.  

Por ter sido vacinada há cerca de uma semana, a morte foi notificada às autoridades de Saúde, desde logo ao Infarmed, e pedida autópsia urgente. “Tudo o que temos da evidência a nível mundial, com oito milhões de crianças vacinadas, mostra que não existe nenhum caso fatal de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) causada pela vacina. No entanto, há casos, muito raros, de morte por miocardite provocada pela infeção covid.

Aliás, foi o que aconteceu com uma das crianças com covid que morreram em Portugal. As análises laboratoriais revelaram que a miocardite fatal foi provocada pela covid, agravada porque a criança já tinha uma doença cardíaca de base”, afirma Fátima Pinto, diretora do Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Marta.

Fonte: Expresso.pt

 

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