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É alto? Pode ter mais probabilidades de ser infetado com coronavírus

31-07-2020 - Leonor Riso

Estudo que analisou 2 mil pessoas do Reino Unido e dos EUA reforça que a transmissão via aerossóis é "muito significativa".

As pessoas mais altas têm um maior risco de apanhar o novo coronavírus? Um estudo liderado por um professor da Universidade de Manchester, Reino Unido, faz uma ligação entre a altura e a probabilidade de ser infetado. 

O estudo analisou uma amostra de 2 mil pessoas do Reino Unido e dos Estados Unidos e estabeleceu que ser alto mais do que duplicava a probabilidade de ter um diagnóstico de Covid-19. Para as pessoas com mais de 1.82 metros, duplicam as probabilidades de testar positivo. 

As amostras foram analisadas por cientistas de dados do Reino Unido, Noruega e Estados Unidos e parecem demonstrar que as partículas de vírus transmitidas através de aerossóis são significativas. "Os resultados deste estudo em termos de associações entre a altura e o diagnóstico sugerem que a transmissão através de gotículas não é o único mecanismo de transmissão e que a transmissão via aerossóis é possível", descreve Evan Kontopantelis, da Universidade de Manchester.

Caso a transmissão fosse só por gotículas, as pessoas mais altas não estariam em maior risco. As gotículas são maiores que os aerossóis, o que faz com que caiam no chão rapidamente e não possam deslocar-se até grandes distâncias. O mesmo não acontece com os aerossóis: podem acumular-se em zonas com pouca ventilação e são facilmente levados por correntes de ar. 

O estudo ainda tem que ser submetido a revisão pelos pares. 

Além da altura dos infetados, também se explorou o impacto de certas circunstâncias como o de partilhar uma cozinha ou acomodação - o que acontece com quem partilha casa. Nos EUA, isso elevava a probabilidade de infeção em 3.5; no Reino Unido, em 1.7. 

Segundo o estudo, quem obteve licenciaturas ligadas a Ciências Naturais tem uma probabilidade ligeiramente menor de ser infetado. 

Para Evan Kontopantelis, o estudo salienta que o distanciamento social é importante, mas que o uso de máscara "pode ser tanto ou mais eficaz no que toca à prevenção". "A purificação do ar em espaços interiores também deve ser explorada", considera.

Fonte: Sabado.pt

 

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