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Marcelo quer "esclarecimento cabal" sobre o sucedido no Novo Banco

31-07-2020 - RTP

Marcelo Rebelo de Sousa disse querer "um esclarecimento cabal" sobre o que aconteceu no Novo Banco numa realidade recente, frisando que já há dois anos tinha chamado a atenção para "a importância de uma auditoria a essa instituição".

“É importante que haja um esclarecimento cabal por todos os meios - seja jurisdicional, não seja jurisdicional, o que for entendido pelas autoridades competentes - daquilo que se passou, nomeadamente num passado recente e que envolve direta ou indiretamente dinheiro dos portugueses”, defendeu o Presidente da República na noite de terça-feira, em declarações aos jornalistas.

Questionado sobre a eventualidade de uma investigação judicial, o chefe de Estado português considerou que “essa é uma iniciativa própria das autoridades judiciais, nas quais o Presidente da República não se imiscui”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, os portugueses têm “obviamente” o direito a saber a verdade.

“É por isso que eu tenho tratado este tema insistentemente. Porque é evidente que os portugueses, quando direta ou indiretamente através do fundo de resolução e das garantias dadas pelo Estado, são chamados a participar naquilo que é um compromisso dentro do sistema financeiro, têm todo o direito a saber o que se passa no quadro dos destinatários dos seus contributos financeiros”, salientou.

O Presidente relembrou que já há dois anos tinha chamado a atenção “para a importância de uma auditoria a essa instituição financeira que permitisse cobrir a realidade, não apenas aquela que já tinha sido tratada e debatida, nomeadamente no quadro da Assembleia da República e que era relativa à transição para Novo Banco, mas a mais recente, aquela que respeitava aos últimos anos”.

No entanto, Marcelo admitiu agora a sensação de ter “pregado num deserto”. “Foi dito, na altura em que eu levantei esse problema, que viria uma auditoria que estava ligeiramente atrasada e viria até ao final de julho. Estamos hoje no dia 28 de julho”, lamentou.

“Portanto eu continuo a entender que é fundamental o esclarecimento daquilo que veio a lume agora, mas de muitas outras interrogações importantes para o sistema financeiro, mas sobretudo para o Estado democrático e para os portugueses”, considerou o chefe de Estado.

O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do BES na sequência da resolução de 2014, foi vendido em 2017 ao fundo norte-americano Lone Star, que detém 75% do seu capital, sendo os restantes 25% propriedade do Fundo de Resolução bancário, entidade gerida pelo Banco de Portugal.

 

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