Europa prepara-se para a segunda vaga do vírus
03-07-2020 - Ricardo Figueira
A Europa está, em grande medida, desconfinada. Enquanto as restrições vão sendo levantadas e as pessoas vão voltando à vida que tinham antes do início da pandemia, os governos mantêm a prudência, até porque o perigo de uma segunda vaga está bem presente.
O número de mortes e de casos diários está agora bastante abaixo do que era no pico da pandemia, mas em vários países o fator de transmissão subiu desde o fim das restrições. Voltar atrás com as medidas de confinamento não é uma hipótese a descartar. Já os hospitais estão agora bastante mais preparados.
Maurizio Cecconi, médico do Hospital Universitário Humanitas em Milão, explica: "Estamos prontos para os pacientes da segunda vaga. O que aconteceu no início da epidemia é que foram apanhados de surpresa. Trabalharam com base em dois princípios: O primeiro é conter a infeção na comunidade e no hospital, porque não se podem permitir ter a infeção disseminada nos hospitais. O segundo princípio é estarmos prontos para aumentar a capacidade das Unidades de Cuidados Intensivos e outras camas para tratar pessoas em estado grave, caso haja uma segunda vaga".
Estamos prontos para os pacientes da segunda vaga.
Maurizio Cecconi
Médico, Hospital Universitário Humanitas - Milão
Durante a primeira vaga da epidemia, sobretudo no pico atingido no final de março, os hospitais de Itália ficaram saturados e o número diário de mortes atingiu proporções gigantescas. A Itália foi o primeiro país na Europa a ser atingido em força pelo vírus. A comunidade médica acredita que, caso haja uma segunda vaga, a situação será mais fácil.
Fonte: Euronews
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