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Bomba que matou 40 crianças no Iêmen foi vendida pelos EUA

24-08-2018 - N.A.

O Iémen é palco há mais de três anos de uma guerra em que um lado é apoiado pela Arábia Saudita e outro pelo Irão. A administração de Obama foi recordista da venda de armas à Arábia Saudita.

O Iémen assistiu no passado dia 9 de agosto à morte de 40 crianças na sequência de um ataque à bomba a um autocarro. Segundo uma investigação da CNN, feita em conjunto com jornalistas locais e especialistas em munições, sabe-se agora que era uma bomba de 227 quilos guiada por laser, fabricada pela empresa norte-americana Lockheed Martin e vendida à Arábia Saudita em 2015. A Lockheed Martin é uma das principais empresas que faz negócios com o ministério da Defesa dos Estados Unidos da América. 

Este bombardeamento foi reivindicado pela coligação liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos da América. Para além das 40 crianças, faleceram mais 11 pessoas e outros 79 ficaram feridos. 

O senador Bernie Sanders já comentou esta notícia, dizendo que é hora de os EUA “pararem de apoiar esta guerra catastrófica”. “Não podemos dizer que não sabíamos. Ao invés de fornecer bombas e a capacidade de reabastecimento, deveríamos estar a fazer o possível para criar uma resolução pacífica no Iémen e fornecer ajuda humanitária”, afirmou Sanders na rede social Twitter.

"The US must stop supporting this catastrophic war. We cannot say we did not know. Instead of supplying bombs and refueling capabilities, we should be doing everything possible to create a peaceful resolution in Yemen and provide humanitarian help." https://t.co/oiCLGMUfof

— Bernie Sanders (@BernieSanders) August 19, 2018


A presidência de Barack Obama foi recordista de venda de armas à Arábia Saudita. A venda de armas teleguiadas, porém, foi suspensa em 2016 na sequência de uma explosão num funeral que matou 115 civis. Barack Obama alegou “preocupação com os direitos humanos” para interromper a venda destas bombas em particular.  Donald Trump, no entanto, retomou a venda das mesmas no ano seguinte. 

Há mais de três anos que o Iémen assiste a uma luta entre o regime sunita e os Houthi, rebeldes xiitas, que controlam uma grande parte do governo do Norte do Iémen. O governo está no exílio desde 2014 e conta com o apoio da Arábia Saudita. Já os rebeldes xiitas são apoiados pelo Irão. Este conflito é considerado por muitos um pretexto para um medir de forças entre o Irão e a Arábia Saudita.

*Publicado originalmente na Esquerda.net

 

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