Parlamento aprova reforma que permite a Jinping continuar no poder indefinidamente
16-03-2018 - Agência Telam
O resultado foi: 2958 votos a favor, 2 votos contra e 3 abstenções, segundo o difundido pela agência chinesa Xinhua.
Sem surpresas, com respaldo quase total, a sessão plenária do Parlamento Chinês aprovou, em uma só votação, todo o conjunto de 21 emendas constitucionais propostas pelo governo, entra as quais a mais destacada é a que elimina o limite de dois mandatos consecutivos (de cinco anos cada um) para os presidentes do país. O resultado foi: 2958 votos a favor, 2 votos contra e 3 abstenções, segundo o difundido pela agência chinesa Xinhua.
Com esse resultado, a administração do atual presidente Xi Jinping, de 64 anos, não necessariamente terminará em 2023, e poderá se estender por outros mandatos indefinidamente – o que tornaria o presidente mais longevo do país depois de Mao Tsé-Tung (1949-1976).
A medida causou polêmica entre os meios estrangeiros, e também um profundo debate interno no país. Além das travas constitucionais, o PC Chinês estabelecia os 68 anos como idade limite para os líderes do partido, embora essa fosse uma regra não institucionalizada.
O retorno a uma liderança definitiva é uma ruptura com o sistema criado pelo ex-presidente Deng Xiaoping, que estabelecia um poder com limites temporários para os altos cargos, a fim de evitar a acumulação de poder como na época de Mao.
Outra das emendas aprovadas também aproxima a Xi do histórico arquiteto da Revolução Chinesa, ao incluir na Carta Magna as teses do atual presidente sobre “os avanços do socialismo com características chinesas, voltado para uma nova era”.
Dias antes da votação, em pronunciamento oficial para o país, Jinping defendeu as reformas dizendo que são “medidas essenciais para modernizar a China e a capacidade de governança do país”.
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