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Coreia do Norte diz que os EUA estão errados em pensar que está seguros do outro lado do oceano

11-08-2017 - Jake Johnson

Pintando os EUA como o agressor, Pyongyang diz que seu arsenal nuclear é um obstáculo não negociável enquanto promete vingança contra novas sanções.

Com a votação unânime do Conselho de Segurança da ONU para impor novas sanções à Coreia do Norte seguida de uma série de testes de mísseis balísticos, Pyongyang denunciou, na segunda, que as medidas punitivas são “infrações violentas” da soberania da nação e prometeu vingança.

As ameaças retaliatórias foram divulgadas pelo regime de Kim Jong-un e transmitidas pela Agencia Central de Notícias oficial do país. A embaixadora dos EUA na ONU descreveu as sanções como “o maior pacote de sanções económicas já imposto contra o regime norte-coreano”, mensagem ecoada pelo presidente Donald Trump.

“É uma ideia louca achar que a República Popular Democrática da Coreia será abalada e mudará suas posições por causa dessas novas sanções formuladas por forças hostis”, disse Pyongyang em resposta. O regime também alertou que não há “maior erro do que os EUA acreditar que está a salvo do outro lado do oceano”.

Em um discurso no Fórum Regional ASEAN na segunda-feira, o Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, pintou os EUA como o agressor e disse que “a posse de armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais é uma opção legítima de auto-defesa em face de uma ameaça clara e real imposta pelos EUA”.

Mesmo com experts dizendo à AP que o Norte “não vai lançar uma provocação direta contra os EUA”, os comentários do Norte alarmaram analistas e comentaristas que temem que as perspectivas de uma desnuclearização estejam se afastando cada vez mais.

Como já relatou o Common Dreams semana passada, algumas das nações mais poderosas do mundo intensificaram as atividades militares nas últimas semanas, e ativistas alertaram que a ameaça de um “pesadelo nuclear” se aproxima se os esforços democráticos não forem tomados com urgência.

Se somando às preocupações crescentes está o comportamento errático e imprevisível de Trump, que inclui o que Jeremy Scahill do Intercept chamou de “um padrão perturbador de inconsequência, usualmente expressa publicamente pelo seu Twitter”.

Em uma entrevista com Scahill semana passada, John Feffer, expert em Coreia e co-diretor de Política Externa em Foco no Instituto de Estudos de Políticas, concluiu que as negociações – não sanções ou ações militares – são a única saída possivel.

“Minha esperança é que a administração Trump reconheça que, ok, sanções econômicas podem ser uma possibilidade, mas francamente já tentamos isso e não funciona”, disse Feffer. “Mas as negociações, bem, essas funcionam, e funcionaram em 1994, mesmo na administração de Bush. Ambos os acordos levaram a congelamentos efetivos e até desmantelamentos da capacidade nuclear da Coreia do Norte. Então isso é moleza até onde eu sei, é só uma questão de saber se a administração Trump chegará a essa conclusão também”.

Fonte: Common Dreams

 

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