"Nós não temos de apagar os incêndios do Largo do Rato"
12-05-2017 - TSF
Em entrevista à TSF, Rui Moreira lembra que "houve muitos dirigentes do PS que não queriam que fizesse um acordo com o PS".
O que se julgava ser um sólido entendimento entre o atual presidente da Câmara do Porto e o Partido Socialista esfumou-se na passada sexta-feira. Rui Moreira anunciou que não quer o apoio do PS nas autárquicas.
Esta segunda-feira, em entrevista à TSF, o atual presidente da Câmara do Porto faz questão de explicar que "não renunciou ao apoio de ninguém" .
"Houve muitos dirigentes do PS que não queriam que eu fizesse um acordo com o PS" , diz Rui Moreira, acrescentando: "O que o PS queria era uma coligação informal (...). Isto não pode ser um apoio condicionado. Se eu soubesse que era um apoio condicionado eu teria dito que não", adianta o autarca reconhecendo que sabe "perfeitamente que sem o PS isto vai ser mais difícil".
Nesta entrevista, Rui Moreira considerou que Manuel Pizarro foi o "alvo inicial de tudo isto", da parte de pessoas que "nunca se conformaram" com o apoio que lhe deu.
"Havia uma solução que a cidade do Porto queria e agora já não vai ser a mesma" , diz o autarca. "Num secretariado-geral as contas são diferentes e foi por isso que isto chegou ao fim", disse Rui Moreira, manifestando depois "a certeza que António Costa não queria isto" .
"Nós não temos de apagar os incêndios do Largo do Rato ", disse Rui Moreira. "Provavelmente achavam que o Porto podia ser domesticado. O Porto não é assim".
Sobre a decisão dos vereadores Manuel Pizarro e Correia Fernandes terem devolvido os respetivos pelouros, o presidente da Câmara do Porto disse que aceita a saída dos vereadores: "A distribuição dos pelouros a única coisa que me vai dar é mais trabalho" .
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