Edição online quinzenal
 
Sexta-feira 19 de Abril de 2024  
Notícias e Opnião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

SÍRIA: TRUMP PODE TER INICIADO A III GUERRA MUNDIAL

21-04-2017 - Peter Koenig

O ataque tem todo o cheiro de operação de falsa bandeira. Mas ninguém apura o assunto, ninguém quer desvendá-lo, ninguém quer ouvir e nem falar sobre isso.

O Presidente Trump acabou de ordenar o ataque dos EUA, com pelo menos 59 mísseis Tomahawk disparados de navios de guerra dos EUA estacionados no Mediterrâneo, contra a base aérea al-Shayrat da Síria, perto de Homs. Talal Barazi, governador da província de Homs, relatou várias mortes, mas em um primeiro momento não ofereceu mais detalhes.
 
Este assalto com mísseis Tomahawk foi, supostamente, uma resposta de Bashar al-Assad, no último dia quatro deste mes, ao alegado ataque com ‘’gás de nervos’’, arma química experimental, tendo como alvo a população civil na província d e Idlib que matou mais de 60 pessoas, entre elas muitas crianças.
 
O ataque tem todo o cheiro de uma operação de falsa bandeira. Mas ninguém apura o assunto, ninguém quer desvendá-lo, ninguém quer ouvir sobre isso. E, especialmente, ninguém quer falar sobre isso.

A verdade não pode ser dita. Esse tipo de ataque precisa ser lançado de surpresa antes de qualquer investigação revelar a verdade dos fatos. É o modo de agir que sempre existiu: mate as testemunhas. E isto é o que Washington e seus mestres sionistas sabem fazer de melhor.

O Pentágono diz que Moscou foi informado sobre o ataque, mas o governo russo ainda não reagiu a esta declaração.

Antes, Putin afirmara que “era inaceitável fazer acusações contra alguém até que uma investigação internacional completa e imparcial fosse realizada". E Philip Giraldi , ex-oficial da CIA e diretor do Conselho para o Interesse Nacional, diz que "militares e pessoal de agências de inteligência intimamente ligados a eles" comentam que a narrativa de que Assad ou a Rússia teriam atacado é uma "farsa".

Este é um caso clássico de uma ação de bandeira falsa instigado pela CIA e levado a cabo por aviões sauditas e turcos para culpar Assad.

Os meios de imprensa ocidentais propagam, martelam e doutrinam agora, nos cérebros ocidentais, a mesma mentira divulgada em 2013, quando dos ataques à região de Ghouta, em Damasco, de armas químicas da Chemical Oriental, que mataram crianças, para justificar a intervenção militar "humanitária" dos EUA. 
 
Deste modo, hoje, o ataque de Washington deveria ser, como foi no passado, realizado rapidamente antes que a mentira pudesse ser descoberta. Mas Putin interveio alertando Washington para não atacar, e insistindo em uma investigação. Na ocasião, a instalação naval russa em Tartus e a base aérea em Khmeimim, na Síria, estavam prontas para combater um possível ataque dos EUA.
 
Mais tarde ficou provado, sem qualquer dúvida, que o ataque em Ghouta não foi do exército da Síria nem ordenado por Assad. De fato, era, mais uma vez, uma operação de  bandeira falsa levada a cabo pela oposição síria, os chamados ‘’rebeldes’.
 
Na verdade, os terroristas pagos pelos ocidentais têm o objetivo de culpar Assad e justificar a "mudança de regime"  (regime change) no país, planejada desde 2009, bem antes de a CIA ter instigado o início da "guerra civil" de 2011.

É deprimente ver como o mundo - o mundo ocidental corrompido até a medula - engole essas mentiras e clama abertamente pela guerra contra a Síria e pela remoção de Assad, o único presidente legítimo e soberano do país, eleito pelos sírios. Ele ainda desfruta de mais de 80% de apoio do povo. 
 
Renomados socialistas do mundo ocidental, conhecidos como os "olhos que buscam a paz," ficam confusos  com a mentira corporativa ocidental. É triste vê-los acreditando na mídia criminosa do Ocidente. É muito difícil para eles admitirem a si mesmos que foram enganados, talvez durante todas as suas vidas, e que devem agora procurar e ver a realidade. Eles não conseguem. 
 
Mas, em vez de olhar para dentro de si para perguntarem-se qual interesse teria o Sr. Assad de matar seu próprio povo, os filhos de sua nação e o futuro da Síria - e, Deus, ajude a Síria a ter um futuro de novo - esses "progressistas" são nobres demais para admitirem a realidade. Juntam-se aos cegos e clamam por "mudança de regime". 
 
É exatamente o que querem Washington e os assassinos sionistas que estão por trás desse monumento chamado Casa Branca, um cinturão negro.
 
Estamos vivendo um nível mais alto de "Operação Gládio" novamente - onde o mal reina, onde o mais horrível do que uma vez foi chamado de seres humanos está no poder, matando impiedosamente pessoas inocentes para proteger seus interesses e alcançar seu objetivo: a hegemonia mundial. 
 
Esta "civilização" (sic) judaico-cristã tem uma história de mais de mil anos de assassinatos nas Cruzadas seguidos de assassinatos e estupros coloniais e exploração de países e de seus povos em todo o mundo, da Ásia à África e à América Latina. Não há fim nessa história.
 
Nossa "cultura" ocidental é vendida a Lúcifer e ao seu clã de bancos que continuam matando por ganância e poder.
 
Acordem! Vocês podem ser os próximos.
 
Todos nós possuímos aquela pequena faísca, em algum lugar dos nossos cérebros, que diz que algo não está certo, que aqueles que atacam são mentirosos, que a justiça do mundo não é feita com o mal; que a justiça está buscando a paz e não submissão, o poder e ganhos materiais, mas a solidariedade e harmonia entre nós, irmãos e irmãs da espécie humana.
 
Estejam cientes de que essa monstruosa besta não conhece escrúpulos. Ela tem um objetivo -  Full Spectrum Dominance - e não vai parar, sob nenhuma circunstância, até que este objetivo seja totalmente alcançado ou caso o monstro, a nação ‘’excepcional’’, seja dominada e desativada. Levantem-se e desativem o império!
 
A Síria é um mero quadrado neste tabuleiro de xadrez assassino assim como a Iugoslávia, a Líbia, o Iraque, a Somália, o Afeganistão e muitos outros países. O objetivo não é "ganhar uma guerra", o que seria muito simples. O objetivo é criar e deixar para trás de si o caos, o caos eterno. No caso da Síria, uma balcanização do país, o mesmo que Clinton fez com a Iugoslávia. O antigo "dividir para conquistar": continua funcionando após centenas de anos. As pessoas ainda estão cegas para essas estratégias de guerra mais antigas e rudimentares. As pessoas ainda gostam da guerra. 
 
Não fique olhando, engolindo as mentiras
 
Na Síria, as apostas são altas. Além dos lucros insanos da guerra e da indústria de armas há a criação do pouco comentado gasoduto Qatar-Turquia-Síria que seria para levar petróleo e gás do Golfo para a Europa e assim destruir o mercado de gás russo na Europa permitindo que as petro-gigantes dos EUA faturassem trilhões de dólares. 
 
Um oleoduto que Assad rejeitou em 2009. Em vez disso, ele aprovou e promoveu a construção do oleoduto do Irã através da Síria para a Europa. Os hidrocarbonetos iranianos complementariam, ao invés de competir, com o gás e o petróleo da Rússia destinados ao Velho Continente. 
 
Foi quando Obama decidiu que Bashar al-Assad tinha que ir embora e desenhou o retrato maior de um Oriente Médio balcanizado, com conflitos constantes alimentando a indústria de guerra, eventualmente levando a um Grande Israel e se estendendo do Eufrates ao Nilo e absorvendo partes da Arábia Saudita, Iraque, Jordânia, Síria, Líbano E Egito.
 
‘’É barbarismo. Eu vejo isso mascarado em alianças sem lei e com  uma escravidão predeterminada. Não são os fornos de Hitler, mas a subjugação metódica e quase científica do Homem. Sua absoluta humilhação. Sua desgraça.’’
 
(Odysseas Elytis, poeta grego, em uma entrevista coletiva de imprensa por ocasião do recebimento do Premio Nobel (1979).
 
Peter Koenig é economista e analista geopolítico. Ex-funcionário do Banco Mundial, trabalhou na área de meio ambiente e recursos hídricos de vários países. Costuma fazer palestras em universidades dos EUA, da Europa e América do Sul. Escreve regularmente para a Global Research, ICH, RT, Sputnik, Press TV, The 4th. Media (China), TeleSur, The Vineyard do Saker Blog. É autor de  Implosão - Um Thriller Económico sobre Guerra, Destruição Ambiental e Ganância Corporativa,  ficção baseada em factos e em 30 anos de experiência do Banco Mundial em todo o mundo, e é co-autor de The World Order and Revolution! – Essays From the Resistance.

Fonte: Information Clearing House

 

Voltar 


Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome