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Bayer compra Monsanto por 59 mil milhões de euros

16-09-2016 - Esquerda.net

Farmacêutica comprou Monsanto, empresa multinacional e produtora de sementes geneticamente modificadas e de pesticidas, entre os quais o glifosato. Grupo resultante será o maior grupo de sementes e pesticidas do mundo e representará um "desastre para o sistema alimentar global". "Luta pela soberania alimentar é agora mais importante que nunca" afirma a Global Justice Now.

A empresa farmacêutica Bayer anunciou na quarta feira que comprou a Monsanto, a controversa multinacional e produtora de sementes geneticamente modificadas e de pesticidas (entre os quais, o glifosato) por 59 mil milhões de euros. Esta foi, até agora, a compra mais cara jamais feita por um grupo alemão.

Esta junção, classificada pela rede Global Justice Now como um "desastre para o sistema alimentar global", resultará no maior grupo de sementes e pesticidas do mundo, com um volume anual de negócios de 23 milhões de euros e com quase 140 mil trabalhadores. Em comunicado, a Bayer declara que "a transação junta duas atividades diferentes, mas muito complementares". A junção será completada até ao final de 2017 e, segundo o jornal belga La Libre, as empresas esperam aumentar o seu lucro bruto e, 1.34 mil milhões de euros ao fim de três anos.

Aisha Dodwell, da Global Justice Now afirma que a rede irá denunciar a compra a entidades reguladoras anti-competição para que reconheçam que "esta aquisição pode representar uma ameaça séria ao interesse público e devem intervir e impedir que aconteça" porque "a criação deste mega agro-negócio significa que uma empresa assustadora será agora a maior empresa mundial em sementes e pesticidas, o que os coloca em controlo da produção agrícola mundial". "Numa indústria que já é dominada por apenas seis grandes agro-negócios, esta notícia provocará uma maior concentração de mercado pois novas fusões e aquisições irão agora tornar-se inevitáveis. Estamos a caminhar para uma situação em que o nosso sistema de alimentação global é controlado por muito poucas entidades empresariais gigantes que terão total controlo sobre a nossa comida - o que comemos e como é cultivada".

"São péssimas notícias para agricultores e consumidores de todo o mundo. Já sabemos que estes agro-negócios usam técnicas agressivas para aumentar a sua margem de mercado e aumentar o lucro e não atuam no melhor interesse dos pequenos agricultores, da saúde pública ou do ambiente. A luta para recuperar o nosso sistema alimentar e por alternativas como a soberania alimentar, é agora mais importante que nunca" apela Aisha Dodwell.

 

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