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Neonazis à frente nas sondagens eleitorais em França

07-02-2014 - N.A.

Os neonazis da família Le Pen comandam as sondagens em França para as próximas eleições europeias com 23%, de acordo com um estudo do instituto IFOP que deixa a direita tradicional com 21% e os socialistas de Hollande, maioria absoluta nas últimas legislativas, com apenas 18%.

A tendência que tem vindo a registar-se nos últimos meses consolidou-se agora a quatro meses das eleições e depois de François Hollande se ter assumido definitivamente como neoliberal no último discurso em que prometeu o reforço da austeridade e o favorecimento das empresas através do chamado “pacto de responsabilidade”. O economista e prémio Nobel Pal Krugman considera esta medida como um “autentico escândalo” pelo que, em seu entender, Hollande passou a ser “um cúmplice dos conservadores teimosos e desapiedados”.

Em sintonia com as sondagens, a extrema-direita desceu à rua em Paris no domingo, em manifestação a que a chefe neonazi Marine Le Pen não se associou publicamente, exigindo a demissão de Hollande e provocando as forças policiais. Segundo os números oficiais foram detidos 250 manifestantes e feridos 19 polícias, um dos quais se encontra em estado grave.

Convocada pelo movimento “Dia de cólera”, que surgiu recentemente através das redes sociais, a manifestação juntou um número de pessoas que surpreendeu os círculos oficiais e que, segundo a polícia, terão sido 17 mil. Os organizadores falam em 120 mil pessoas.

No desfile, que contou com a presença de áreas muito diversificadas da contestação à direita, viam-se militantes da extrema-direita, integristas católicos contra o casamento gay e a adopção de crianças por casais homossexuais, agricultores, artesãos, comerciantes e diversas outras camadas da população. A acção teve semelhanças com alguns movimentos registados recentemente em Itália. Viam-se igualmente muitos defensores do humorista Dieudonné, cujos espectáculos foram recentemente proibidos devido a acusações de anti-semitismo.

As palavras de ordem foram muito diversificadas, mas a mais gritada foi "Hollande demissão". Centenas de jovens fizeram ostensivamente quenelles, o gesto vulgarizado por Dieudonné que ele garante ser um símbolo "anti-sistema", mas que é suspeito de ser uma saudação nazi invertida.

As extremas-direitas francesa e holandesa estabeleceram recentemente um pacto de aliança em relação às próximas eleições europeias.

 

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