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Nações Unidas levantam sanções ao Irão

22-01-2016 - TSF

O Conselho de Segurança da ONU levantou as sanções, depois da Agência Internacional de Energia Atómica ter confirmado que o Irão cumpriu todas as exigências para iniciar o acordo nuclear internacional. O Presidente Hassan Rohani congratulou-se com a "vitória gloriosa" do povo iraniano.

Foi Espanha, como país presidente do comité de sanções ao Irão, que anunciou o fim do regime de medidas contra Teerão, depois de ter recebido o relatório da AIEA, que dá 'luz verde' para iniciar o acordo nuclear, assinado em julho passado em Viena.

Tal como estava previsto, este passo significa a dissolução do próprio comité e a entrada em vigor de certas medidas contidas na resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que ratificou em julho o acordo nuclear.

Irão, EUA, França e Reino Unido saúdam entrada em vigor de acordo sobre o nuclear

O Presidente do Irão, Hassan Rohani, saudou a aplicação do acordo nuclear e congratulou-se com a "vitória gloriosa" do povo iraniano, num 'tweet' divulgado na madrugada de domingo, no país. "Agradeço a Deus e inclino a cabeça perante a grandeza do paciente povo do Irão. Felicito-vos por esta vitória", referiu na mensagem.

O anúncio da plena aplicação do acordo nuclear com o Irão também foi saudado pelo chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, que exortou ao "espírito de cooperação" para "todos os desafios regionais".

"Após a AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica], ter verificado que o Irão cumpriu as medidas de desmantelamento nuclear previstas no acordo de 14 de julho, são levantadas as principais sanções económicas e financeiras", congratulou-se em comunicado o ministro francês.

"É uma etapa importante para a paz e a segurança, e ainda para os esforços internacionais de luta contra a proliferação nuclear", acrescentou, sem deixar de recordar a "posição de firmeza construtiva" de Paris. "A França contribuiu fortemente para a conclusão deste acordo" e "vai permanecer vigilante no seu estrito respeito e na sua aplicação".

O chefe do Foreign Office britânico, Philip Hammond, também saudou a aplicação do acordo nuclear entre o Irão e as potências globais, referindo-se a um "importante passo" para tornar "o mundo num lugar mais seguro". "O acordo nuclear com o Irão, no qual o Reino Unido desempenhou um papel decisivo, torna o Médio Oriente e o conjunto do mundo num local mais seguro", considerou, numa declaração, oo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que hoje confirmou em Viena ter-se alcançado o "dia da implementação" do histórico acordo, também se referiu a "um Médio Oriente mais seguro, porque foi reduzido o perigo de uma bomba nuclear". "Cada um dos caminhos em direção a uma bomba nuclear foram fechados de forma verificável", asseverou perante os jornalistas, após anunciar o levantamento das sanções a Teerão, pelos EUA e a União Europeia. Kerry também assinalou que, devido a este acordo, o tempo que o Irão necessitaria para desenvolver uma bomba atómica passou de dois a três meses para um ano, e que nunca o poderá fazer de forma secreta.

Posição contrária, como era aguardado, foi a manifestada pelo 'speaker' [presidente] da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Paul Ryan, que denunciou vigorosamente o fim das sanções contra o Irão. "Hoje, a administração Obama vai começar a levantar as sanções económicas contra o principal Estado que apoia o terrorismo no mundo", afirmou Ryan, em comunicado, acrescentando que Teerão vai "muito provavelmente" utilizar os seus novos recursos financeiros para continuar "a financiar o terrorismo".

 

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