Réquiem para a Europa
17-07-2015 - Luiz Alberto Gómez de Sousa
Que farão agora EUA, Rússia e China para deter esse massacre económico e político? E a ONU, ficará imobilizada como a Sociedade das Nações nos anos 30?
Depois de vibrarmos com a vitória de Alexis Tsipras no referendo do dia 5 de julho, na pátria da democracia (Platão) e da política (Aristóteles), vem o contraponto europeu (no passado subjugado pelas invasões dos hunos e de tantos povos bárbaros que ajudaram a moldar sua cultura – daí saíram os colonialismos dos dominadores).
"Insanidade", assim chamou Paul Krugman no New York Times às novas exigências dos ministros europeus à Grécia. "Um dos mais brutais retrocessos na história da União Europeia," para o conservador Wall Street Journal. Lembram as exigências crescentes de Hitler à Checoslováquia, antes de invadi-la, ou as de Mussolini à Abissínia. Faz pensar na fábula do cordeiro e o lobo de La Fontaine, com a razão absurda do mais forte. O ministro das finanças alemão, Wolgang Schäuble, preso a uma cadeira de rodas, faz pensar em Hjalmar Schacht, seu homólogo do começo do nazismo. Rígido mentalmente como seu corpo.
Não esqueçamos que a Alemanha invadiu e destruiu a Grécia. Não adianta dizer que foi o Terceiro Reich; é o mesmo país que dobrara a França em 1871 e em 1940. Vergonha para a Europa, vassala novamente na Alemanha. Vergonha para um Hollande liliputiano e seu PS, indignos do grande Jaurès.
E agora vem este ultimato. Em 1956, na guerra de Suez, os EUA pararam Guy Mollet (também socialista!), Eden e Israel na aventura contra o Egipto. Que farão agora EUA, Rússia e China para deter esse massacre económico e político? E a ONU, ficará imobilizada como a Sociedade das Nações nos anos 30? O mundo - nós - teria que se mobilizar!!!!.
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