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HSBC: Cinco perguntas para um banco fora de controlo

27-02-2015 - Jamie Doward

Avaliação 'inadequada” de risco-país? “Descuido” com as subsidiárias estrangeiras? Conheça cinco perguntas que a velha media não faria sobre o HSBC.

O gigante financeiro não é o primeiro nem será o último banco a ocupar manchetes pouco lisonjeiras. A crise actual tem origem, em parte, em seu próprio tamanho, grande e com tentáculos demais para controlar. Entre os problemas estruturais, podemos apontar:

1 – Avaliação inadequada de risco-país

Segundo um relatório do Senado americano de 2012 sobre lavagem de dinheiro, o conselheiro legal do Office of the Comptroller of the Currency (órgão de regulação do mercado, ligado ao Tesouro americano) observou que os problemas de classificação de risco do HSBC de 2009 “se estendiam para além do México. Alguns dos países que deveriam ter sido avaliados como apresentando alto risco de lavagem de dinheiro, mas que, em vez disso, tiveram avaliação regular ou média, foram Antiqua, Bahamas, Ilhas Cayman e Suíça”.

Por que o banco estava aparentemente tão despreocupado com suas operações nestes paraísos fiscais?

2 – Descuido questionável de Londres com as subsidiárias estrangeiras

Numa audiência do Comité de Tesouro do Parlamento inglês, realizada em 2009, o antigo presidente do HSBC Private Bank, Chris Meares, declarou: “Se nossos gestores, aqui no Reino Unido, têm alguma pista de que esteja havendo operações de evasão fiscal, há um sistema legal e de regulação que os obriga a redigir um relatório de transacção suspeita”. Perguntado quantos destes haviam sido redigidos, respondeu: “Fico feliz em dizer que não muitos, mas houve alguns, e todos são investigados”.

Será mesmo?

3 – Relação impenetrável com outros bancos

Desde as revelações de Hervé Falciani, circula a informação que a polícia teria em mãos novos dados que supostamente mostrariam centenas de bancos privados trabalhando com a sucursal suíça do HSBC.

Como o banco monitorizava a sua relação com estes outros bancos e auditava a situação dos potenciais clientes?

4 – Sistema de regulamentação fragmentado

Em 2009, Douglas Flint, então director financeiro do HSBC, observou: “Respondemos a cerca de 500 órgãos reguladores, e seria um desafio ter nossas estratégias compartilhadas com 500 sistemas de regulamentação... Há elementos desta regulação fragmentada sendo enfrentados e tratados agora. Acredito que houvesse falta de transparência sobre o risco, no sentido largo do sistema financeiro”.

O que o banco fez para aumentar a transparência?

5 – O papel dos directores não executivos

O HSBC se orgulha dos seus muitos directores não executivos com currículos impressionantes e capazes de desempenhar diversas funções.

Será que eles dispunham de tempo suficiente para supervisionar as operações do banco? Tinham capacidade técnica para avaliar os riscos destas operações?

Fonte: The Guardian

Tradução de Clarisse Meireles

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