Snowden: Novos documentos mostram como a NSA monitora utilizadores de iPhone
23-01-2015 - N.A.
Documentos publicados dia 19 pelo Der Spiegel, revelados por Snowden, dão uma nova visão sobre os esforços do GCHQ britânico para rastrear alvos através de seus iPhones.
Revelações anteriores revelaram exploits da NSA especificamente usadas para comprometer o software dos iPhone com fama de ser resistente a malware, mas os novos documentos mostram que, mesmo quando o dispositivo em si não tenha sido comprometido, quaisquer dados guardados no telefone podem ser retirado quando o telefone se sincronizar com um computador comprometido. Outras técnicas permitem que os pesquisadores do GCHQ possam vigiar alvos seguindo o UDID de um dispositivo em diferentes serviços.
O relatório é datado de Novembro de 2010, antes de a Apple começar a deprecar o sistema UDID, mas os documentos mostram o quão útil o sistema era para a vigilância enquanto ele ainda estava operacional. Ao observar o número UDID do alvo, o GCHQ poderia seguir o dispositivo, uma vez sincronizado com a máquina comprometida, a sua navegação na web (expondo-o ao ‘exploit’ Safari da agência), ou o envio dos seus dados para um sistema de monitoramento mais amplo como AdMob.
Em cada caso, o UDID do dispositivo seria exposto, permitindo aos pesquisadores identificar a pessoa a usá-lo. Revelações anteriores demonstraram que a NSA usa tácticas semelhantes, comprometendo redes de ‘cookies’ de publicidade como uma maneira de rastrear usuários em toda a web, efectivamente cooptando qualquer método de identificação do usuário como uma ferramenta de vigilância. Felizmente para os usuários do iPhone, a Apple já reconheceu os perigos potenciais de UDID e moveu-se para mais métodos que respeitem mais a privacidade.
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