Ex-funcionários da CIA dizem que relatório sobre tortura é parcial e tem equívocos
12-12-2014 - N.A.
Um grupo de ex-funcionários de alta patente da CIA contestou o relatório de um comité do Senado dos Estados Unidos da América (EUA), segundo o qual as técnicas de interrogatório da agência não obtiveram informações valiosas de inteligência, e afirmou que o trabalho levado a cabo salvou milhares de vidas.
Os ex-directores da CIA, George Tenet, Peter Goss e Michael Hayden, bem como outros três ex-vice-directores, escreveram um artigo, publicado esta quarta-feira, 10, no Wall Street Journal, dizendo que o relatório do Comité de Inteligência do Senado estava errado ao afirmar que a agência não foi transparente quanto aos resultados dos trabalhos levados a cabo depois do 11 de Setembro de 2001.
“O comité deu-nos um estudo unilateral, marcado por erros sobre factos e interpretações. É essencialmente um ataque parcial e mal elaborado contra uma agência que fez o máximo para proteger a América depois dos ataques de 11 de Setembro”, declaram os ex-funcionários.
O relatório conclui, em suma, que a CIA falhou em desmantelar qualquer conspiração ligada aos ataques, apesar de ter torturado prisioneiros durante o governo de George W. Bush.
Por sua vez, os antigos responsáveis ripostaram que os EUA nunca teriam localizado e matado o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em 2011, se não fossem as informações obtidas durante o programa de interrogatórios.
Fonte: Reuters
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