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Metas de crescimento do G-20 são irrealistas, alertam sindicatos

21-11-2014 - N.A.

A declaração foi feita pelo grupo Labour 20, que junta confederações internacionais de trabalhadores como a Confederação Internacional de Sindicatos.

Sindicalistas alertam para o irrealismo das previsões dos líderes políticos do G-20. Foto do gabinete do PM inglês/Flickr

Com mais de 200 milhões de desempregados e o alastrar do desemprego jovem no mundo, a meta de 2% de crescimento da economia global assumida pelos líderes do G-20 não poderá ser atingida.

A declaração foi feita este domingo pelo grupo Labour 20 (L-20), que junta confederações internacionais de trabalhadores como a Confederação Internacional de Sindicatos (ITUC) ou o Comité Sindical que aconselha a OCDE. Reunido à margem da cimeira do G-20 na Austrália, os sindicalistas sublinharam que o modelo adotado pelos líderes do grupo dos países mais ricos e das potências emergentes só faria sentido no caso de existir hoje pleno emprego, o que está muito longe da realidade.

“Não temos nenhuma confiança que no atual modelo económico possa ser atingido o objetivo de 2% de crescimento. Com a gigantesca crise de desemprego e sem planos para enfrentar a procura necessária para estimular a economia global, o G-20 vai regressar no próximo ano com mais desemprego e mais sociedades fraturadas”, afirmou Sharan Burrow, a secretária-geral da ITUC.

Nesta conferência de imprensa realizada em Brisbane, na Austrália, os sindicalistas criticaram ainda o facto de na declaração final do G-20 temas como a desigualdade ou o crescimento inclusivo tenham sido postos de parte em benefício dos interesses dos negócios. O L-20 sublinhou também que ficou muito por fazer nas áreas da regulação bancária e da transparência fiscal, mas também deixou elogios ao G-20 a propósito da declaração sobre o combate ao Ébola ou às alterações climáticas.

“Agradecemos à comunidade internacional de governos por terem ultrapassado os obstáculos colocados pelo governo australiano para deixar as alterações climáticas e o diálogo social fora da agenda do G-20”, declarou a líder do ITUC. As maiores críticas ao governo anfitrião ficaram a cargo do presidente do Conselho Australiano de Sindicatos (ACTU): “Infelizmente, o governo Abbot optou por deixar cair a oportunidade de assumir uma liderança segura do G-20 acerca das alterações climáticas e da desigualdade, para em vez disso usar este fórum como um palanque para defender as mesmas políticas que estão a afundar os padrões de vida na Austrália”, afirmou Ged Kearney.

Para o líder sindical australiano, a “obsessão do Governo com a ideologia do mercado livre” levou-o a estar desalinhado com a opinião do resto do mundo, por exemplo na questão da subida do salário mínimo, agora defendida pelos EUA e Alemanha, “enquanto Abbot foi defender mais cortes nos salários”.

“Como é que alguma vez teremos mais 2% de crescimento se colocamos uma pressão extra nos orçamentos das famílias, cortando salários e aumentando o custo de vida”, questionou o sindicalista australiano, defendendo o corte com as políticas do passado.

 

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