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"Sim" à independência vence de forma esmagadora na Catalunha

14-11-2014 - Esquerda.net

Mais de dois milhões de catalães foram votar na consulta popular que o Governo de Madrid classificou como "inútil", "estéril" e "antidemocrática".

Não se tratou de uma jornada eleitoral comum. Nem de um referendo com caráter excecional, mas de uma consulta popular não vinculativa, o que não desmotivou os mais de dois milhões de catalães que se deslocaram às urnas de voto e tomaram posição sobre o futuro da atual região do Estado Espanhol.

A consulta, que o Governo de Madrid classificou como “inútil”, “estéril” e “antidemocrática”, pronunciou um resultado claro: com mais de 80 por cento dos votos escrutinados, o “sim” à independência obteve 80 por cento, enquanto o “não” se ficou por uns magros 4,5 por cento.

Segundo as autoridades catalãs, 2 543 226 cidadãos foram votar nas mais de 1 300 assembleias de voto organizadas para o efeito.

O ato eleitoral decorreu com normalidade e num clima pacífico, à exceção de um incidente registado na Escola de Hotelaria de Girona, onde um grupo de cinco encarapuçados entrou na assembleia eleitoral e destruiu duas urnas de voto.

A Assembleia Nacional Catalã (ANC), organização que tem promovido vários eventos e manifestações pró-independência, classificou o dia como “uma jornada histórica", enquanto a Ómnium, organização de promoção da língua catalã, sublinhou que o resultado irá ter “grandes consequências políticas”. Estas plataformas catalãs assumiram a responsabilidade de organização o ato eleitoral.

No Centro Cultural de Born em Barcelona, onde se concentraram os membros da campanha “Ara és l’hora” para celebrar os resultados e a grande adesão popular, Carme Forcadell, presidente da ANC, proclamou ao som de aplausos: “Hoje desafiámos o Estado Espanhol e demonstramos que a sua justiça já não mete medo por mais que nos ameace". “A Catalunha converteu-se num exemplo de revolta democrática para o mundo".

Muriel Casals, presidente da Ómnium, também aproveitou a sua intervenção para agradecer a Artur Mas "por aguentar as pressões e manter a convocação" e admitiu, num paralelismo com o 25º aniversário da queda do muro de Berlim, que "com o 9-N derrubámos o muro do medo".

O processo consultivo arrancou com toda a força. Bem cedo, muito antes de os centros terem aberto as portas, já dezenas de pessoas faziam fila, muitas delas advertidas pela ANC e pela Òmnium para que, no caso de existirem intervenções policiais, se pudesse fazer pressão. Mas nada disso aconteceu, a jornada decorreu com toda a normalidade.

 

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