Edição online quinzenal
 
Terça-feira 7 de Maio de 2024  
Notícias e Opnião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Dilma: 'A reeleição é um voto de esperança'

31-10-2014 - Pagina 12

"Conclamo sem excepção a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso povo," declarou a presidenta

Depois de confirmada a vitória de Dilma Rousseff com 51,4% dos votos diante dos 48,5% do candidato do PSDB, Aécio Neves, a presidenta reeleita chamou “à paz e à união” e pediu “abertura e disposição para o diálogo. Este é meu primeiro compromisso no meu segundo mandato”. Neste sentido, anunciou que avançará na reforma política convocando um plebiscito popular, e na “luta contra a corrupção”. “Viva o Brasil, viva o povo brasileiro”, concluiu Dilma. 

“Como vencedora destas eleições históricas envio minhas palavras de agradecimento. Chegamos ao final de uma eleição que mobilizou todo o país”, afirmou Dilma, que teve do seu lado o “militante número um das causas do povo e do Brasil”, como descreveu o ex-presidente Lula.  

Apesar das duras cruzes da campanha, a presidenta reeleita assegurou que “as eleições não dividiram o país” e convocou os cidadãos de “uma das maiores democracias do mundo” ao diálogo. “Conclamo sem exceção a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso povo. Não acredito que estas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo sim que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias mas movidas pelos sentimentos comum: a busca por um futuro melhor para o país”. 

“Esta a minha certeza do que vai ocorrer a partir de agora. O debate, o debate das ideias, o choque de posições pode produzir consensos capazes de mover nossa sociedade nas trilhas de mudanças que tanto necessitamos”, afirmou a presidenta, que governará por mais quatro anos.  

Em uma definição apertada, como se esperava, Dilma conseguiu estender para um novo período a liderança do Partido dos Trabalhadores, que já está há 12 anos governando o país, algo inédito na história democrática do gigante sul-americano.  

A actual chefe de Estado ganhou com mais de 53,3 milhões de votos, o que supõe uma vantagem de três milhões de votos aproximadamente em relação ao senador Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que obteve 48,55% dos votos válidos.  

Dilma já havia conquistado uma importante vitória nas urnas em 5 de Outubro, quando Aécio passou a ambientalista Marina Silva com 41,59% dos votos válidos. Porém, os números do primeiro turno não lhe asseguraram uma campanha cómoda no segundo tempo. 

A presidenta percorreu o caminho rumo à reeleição sob a sombra de denúncias de corrupção na estatal Petrobras apoiadas pelos grandes meios de comunicação e sob críticas à sua política económica. Nesse marco, a vitória de Dilma significa outra batalha vencida pela esquerda aglutinada em torno do PT.  

Na manhã de domingo, antes de ir ao colégio eleitoral, Dilma participou de um café da manhã em que reconheceu que a campanha eleitoral deste ano, tanto no primeiro turno de 5 de Outubro como para a segunda votação, “foi diferente” e teve “momentos lamentáveis em que o nível não foi muito alto”. 

“Acho que teve momentos lamentáveis. O uso de forma de tratamento indevida e inclusive acredito que isso foi rejeitado pela população”, comentou Dilma, ponderando que nem toda a campanha esteve marcada “pelo baixo nível”. A presidenta e candidata pelo Partido dos Trabalhadores votou em sua cidade natal, Porto Alegre.  

Os brasileiros residentes no Acre, Amazonas, Amapá, Randónia, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal elegeram seus governadores no segundo turno.

 

Voltar 


Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome