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‘Revolução do guarda-chuva’ completa um mês e milhares voltam às ruas em Hong Kong

31-10-2014 - N.A.

De maneira inusitada, presidente chinês se transformou em símbolo dos protestos; negociações entre Pequim e manifestantes não avançaram

Guarda-chuvas voltaram a encher as ruas de Hong Kong no aniversário de um mês do início dos protestos que pedem ao governo chinês o direito a eleições livres na região. Na terça-feira (28/10), milhares de pessoas se reuniram, dando novo fôlego ao movimento, que perdeu força nos últimos dias.

Jovens abriram os guarda-chuvas, a maior parte deles amarelos – cor que simboliza o movimento – e, às 17h57 local, os manifestantes fizeram 87 segundos de silêncio, para marcar as 87 bombas de gás lacrimogéneo lançadas contra os estudantes. Eles também encenaram o momento em que policiais utilizaram gases de pimenta e lacrimogéneo contra a multidão, o que se caracterizou no estopim para o movimento.

De forma inusitada, o presidente chinês, Xi Jinping, se transformou em um símbolo dos protestos. Isso porque foi divulgada pela agência oficial Xinhua uma foto em que Xi segura um guarda-chuva amarelo. No contexto da fotografia, viagem Xi visitava a cidade de Wuhan no verão de 2013 , que, na época, sofria com fortes inundações.

Nos últimos dias, o governo aceitou negociar com o movimento, mas não foram apresentados avanços nas conversas. Por outro lado, uma petição pelo fim da mobilização reuniu, até o momento, 650 mil assinaturas e será entregue em 2 de Setembro.

Diante da falta de um sinal de que o governo pretende aceitar a demanda, os dirigentes do movimento procuram novas estratégias para mantê-lo vivo. “Os estudantes vão aguentar”, disse Joshua Wong, um dos líderes estudantis do protesto à agência AFP. “Enquanto não tiver nenhum resultado concreto, vamos dormir todas as noites em barracas”, afirmou.

De acordo com a agência Reuters, nove em cada dez jovens afirmam estar prontos para permanecer nas ruas por mais um ano. Os protestos, no entanto, perderam força nos últimos dias apesar de os manifestantes seguirem bloqueando as principais vias da cidade.

Por outro lado, a imprensa local levanta a hipótese de que o gás lacrimogéneo utilizado nos protestos pode ter sido importado do Reino Unido, como divulgou o site Euronews. Os meios locais também apontam uma ampla venda de armas de repressão interna vinda de empresas britânicas. “Desde 2008 foram aprovadas licenças de venda de armas para Hong Kong, no valor de US$ 17,4 milhões", diz o site.

Nesta terça (28/10), o Partido Comunista Chinês afirmou que vai prevenir a acção de “forças externas” em Hong Kong e em Macau, ex-colónia portuguesa que começa a ter manifestações similares à “revolução do guarda-chuva”, como informou a Reuters.

Início dos protestos

Em 28 de Setembro, milhares de pessoas tomaram as ruas de Hong Kong no movimento inicialmente chamado de Occupy Central, com o intuito de reivindicar sufrágio universal na ex-colónia britânica. Eles também pedem a renúncia do chefe do governo local, C. Y. Leung, por considerá-lo “aliado de Pequim”.

Os manifestantes começaram a se organizar após o anúncio de que será criado um comité com membros apontados por Pequim para escolher os candidatos ao governo de Hong Kong nas eleições de 2017. Além disso, a comissão manterá controle sobre os candidatos, oferecendo a possibilidade de apenas dois ou três presidenciáveis para o pleito. Os manifestantes defendem um sistema de votação livre.

As medidas quebram o acordo feito em 1997, quando a região deixou de ser colónia britânica e passou a ser controlada pelo governo chinês. O acordo previa que a cidade teria eleições abertas e sufrágio universal em 20 anos.

Fonte: Opera

 

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