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Panteras cor de rosa

31-10-2014 - N.A.

O grupo já realizou cerca de 340 roubos em 35 países desde 1999. Essa actuação internacional obrigou a Interpol a intervir, criando uma equipa dedicada exclusivamente ao gangue para coordenar as operações policiais.

Calcula-se que os prejuízos causados pelo grupo totalizam 400 milhões de dólares. A maior fatia deste montante provém dos roubos realizados em Julho de 2013 nas joalharias de luxo de Cannes e Nice, que somaram 136 milhões de dólares e se transformaram no maior roubo de jóias da história de França.

No Japão o grupo bateu outro recorde. Em Março de 2004 dois indivíduos de peruca entraram numa joalharia de luxo em Tóquio, imobilizaram um funcionário com spray de pimenta e roubaram um grande número de jóias, incluindo um colar de diamantes no valor de 27 milhões de dólares. Foi o maior assalto do Japão.

Em Abril de 2007 no Dubai, dois Audi entraram no centro comercial Wafi e um deles embateu na vitrina de uma joalharia, rapidamente três homens mascarados saíram com armas e martelos. Em apenas 3 minutos roubaram jóias no valor de 3,5 milhões de dólares e fugiram.

O nome do grupo “Panteras Cor-De-Rosa” nasceu após a captura de um dos seus membros: Milan Jovetic. O seu grupo tinha roubado 30 milhões de dólares em diamantes da Graff Diamonds, localizada na New Bond Street de Londres.

A Scotland Yard identificou-o e capturou-o poucos dias depois. Para ocultar o produto do roubo, Milan havia tentado esconder um anel avaliado em um milhão de dólares no creme facial da sua namorada. Este era o mesmo método utilizado pelo ladrão do filme A Pantera Cor-De-Rosa, interpretado Peter Sellers na década de 1960.

Ficou preso cerca de 5 anos e voltou a Montenegro, onde se encontram a maioria dos membros da organização. O grupo é composto por 600 membros, actuam em células separadas, mas partilham métodos, contactos e origens.

Já foram presos 189, mas os “panteras” obedecem a um pacto de silêncio que as autoridades ainda não conseguiram romper. Todos eles têm formação militar e são ex-combatentes da guerra dos Balcãs. Supõe-se que o núcleo central do grupo é composto por cerca de 40 pessoas. Pensa-se que actualmente muitos deles já não estão activos e desfrutam dos rendimentos.

As jóias raramente são recuperadas. Depois de atravessar as fronteiras, são reduzidas e recolocadas à venda com certificados falsos, ou são utilizadas como moeda de troca no mercado negro.

O grupo nunca feriu alguém e alega que rouba apenas os ricos. Os métodos espectaculares, dignos da saga 007, representam a sublimação da transgressão e do risco, pelo que despertam uma certa “simpatia popular”.

Fonte: Está Tudo Tratado e Nada Resolvido – Rui Mota

 

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