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Nicolas Sarkozy anuncia o seu retorno à política francesa

26-09-2014 - N.A.

Françoise Hollande é considerado o mais impopular Presidente da Republica Francesa desde a segunda guerra mundial, daí Nicolas Sarkozy ter anunciado que se vai candidatar novamente para liderar o seu partido, a UMP - União por um Movimento Popular, actualmente na oposição, para depois se candidatar à Presidência da Republica em 2017.

"Eu sou candidato à presidência de minha família política", disse Sarkozy.

Uma figura insultada por muitos eleitores de esquerda, Sarkozy é visto por seus partidários como o único político capaz de mobilizar o partido de centro-direita UMP para uma vitória em 2017.

Sarkozy anunciou esta intenção na sua página do Facebook, com as seguintes palavras;

Meus caros amigos,

A 6 de Maio de 2012, na tarde da eleição presidencial, agradeci aos Franceses a honra que me deram ao permitirem-me conduzir os destinos no nosso país durante cinco anos. Transmiti-lhes a minha vontade de me retirar de toda a actividade pública.

Desde aí que dedico tempo a reflectir acerca daqueles anos de actividade intensa. Tive o recolhimento necessário para analisar o rumo do meu mandato e retirar algumas conclusões, pensando sobre o que foi a nossa história comum, avaliando os sentimentos de que tinha de me orgulhar, evitando pensar em vinganças ou atitudes de confronto.

Pude mudar com os Franceses, sem o peso do poder que corrompe as relações humanas. Eles disseram-me das suas esperanças, das suas incompreensões e por vezes das suas decepções também.

Vi tudo isto formar-se sob uma onda inexorável de confusão, de rejeição, raiva contra o governo, na sua maioria, mas de forma mais ampla, a todos os aspectos relacionados, de longe ou de perto, com a política.

Senti como muitos Franceses, a tentação em não acreditar em nada ou ninguém, como se nada valesse a pena.

Esta ausência de esperança nota-se sobretudo na França de hoje, que nos obriga a reinventar profundamente.

Interrogo-me sem hesitação, sobre a hipótese de regresso à vida política, que afastei sem amargura ou arrependimento.

É na conclusão de uma reflexão profunda, que decidi propor aos Franceses uma nova alternativa política.

Pois, no fundo, seria uma forma de abandono continuar a assistir passivamente à situação em que a França se encontra, perante o atabalhoamento do debate político e a persistência de divisões no seio da oposição.

Sou candidato à presidência da minha família política. Proponho transformá-la na sua base, de forma a criar, num período de dois ou três meses, as condições para um novo e amplo compromisso que será dirigido a todos os franceses, ultrapassando as clivagens habituais que não correspondem totalmente, hoje em dia, à realidade.

Este desafio, dotar-se-á de um novo projecto, de uma nova dinâmica adaptada ao nosso século e ao de uma nova geração que ambicionará uma renovação necessária da nossa vida política.

Amo demasiado a França; sou demasiado apaixonado pelo debate público e interessa-me muito o futuro dos meus compatriotas para vê-los escolher entre o espectáculo decadente de hoje e a perspectiva de um isolamento sem retorno. Não posso resignar-me a ver instalar-se no mundo, a ideia de que a França será um país jogado para segundo plano.

Deveremos fazer emergir novas respostas face às inquietações dos Franceses, às suas interrogações sobre a continuidade da França, na necessidade de afirmar a sua personalidade singular, na promoção da sua mensagem cultural que é sem dúvida a mais bela parte do nosso legado.

Não poderemos fazer nada de relevante, sem a união da nação. Não faremos nada de grande sem esperança, sem expectativas.

Para construir uma alternativa credível, temos que nos debater pela formação política do século XXI. Fá-lo-ei sob uma grande preocupação em ultrapassar este desafio, de apaziguar as tensões e ao mesmo tempo de suscitar o interesse de todos aqueles que não conseguem opor-se à humilhação da França. Teremos que nos munir de todas as estratégias, de toda a energia, de toda a boa vontade. Falta-nos por de lado as diferenças, os rancores, a fim de nos dedicarmos a um projecto naturalmente colectivo.

Conheço as dificuldades que nos esperam. Porém, o desafio está para além de nós, as perspectivas são imensas, o desafio é tão necessário, que aos meus olhos os obstáculos parecem ultrapassáveis.

Juntos, pela força do nosso compromisso, pela consciência comum da grave conjuntura, não se pode negar a necessidade, a urgência de uma nova atitude.

Que cada um se convença da força e da sinceridade do meu compromisso ao serviço da França.

Nicolas Sarkozy

 

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