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A primeira via rápida (A5) recebe os primeiros de 30 radares “surpresa"

08-07-2016 - Henrique Pratas

Os Radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade vão circular, de modo aleatório, por 50 cabines colocadas em locais considerados "extremamente críticos".

Entra já nesta quarta-feira, dia 6 de julho, em funcionamento o primeiro dos 30 radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO). Vai ser instalado na A5, que liga Lisboa a Cascais.

O SINCRO, designação oficial, é um sistema para deteção automática da infração de excesso de velocidade que não necessita de intervenção humana. É composto por uma rede de locais de controlo de velocidade criteriosamente selecionados, mudando os radares de sítio.

"Os radares irão circular aleatoriamente, ou de acordo com as necessidades da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, vão ser mudados de cabine em cabine, para que haja também, da parte do condutor, alguma expectativa em saber se vai ser fotografado ou não", afirmou o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

Pode, pois, haver um efeito surpresa, quem for apanhado, pode ter a certeza de receber a multa em casa, porque não haverá intervenção humana.

“Quando há uma infração, estes radares, comunicam automaticamente para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, para o sistema SINCRO, que emite de imediato o auto da contraordenação, com respetiva fotografia da viatura e da matrícula e com o certificado de qualidade do radar”, adiantou o governante.

Este sistema estará a funcionar em pleno em Janeiro de 2017, com os 30 radares, 15 dos quais vão ser instalados até ao final de Setembro deste ano.

A instalação do primeiro radar na autoestrada que liga Lisboa e Cascais deve-se ao facto de a A5 ser “uma das estradas com maior número de sinistralidade no País”.

“Vamos lá instalar como um ponto de reconhecimento pelos maus comportamentos dos condutores naquela via”, afirmou Jorge Gomes, que vai estar esta manhã na cerimónia que marca a entrada em funcionamento do primeiro radar do SINCRO.

A instalação da rede nacional de radares tem um custo de 3,19 milhões de euros, verba aprovada em Fevereiro, em Conselho de Ministros.

A ideia deste sistema nacional de controlo de velocidade foi lançada, pela primeira vez, há cerca de sete anos. Nessa altura, o projeto previa a instalação de 300 radares, mas com a passagem dos governos e os cortes orçamentais, o número baixou para 100 e, finalmente, para 30 na versão final.

Mais uma vez discordo completamente do processo que é utilizado privilegia-se a “surpresa” em detrimento da responsabilização dos condutores, é mais uma prática que não foi objeto de discussão pública e os principais interessados não foram ouvidos, não há meio de entenderem que tudo o que pode levar à resolução não passa por estas ações de “surpresa” ou de esquemas mais ou menos flagrantes com o intuito de apanhar os condutores de forma que não é a mais direta, nem honesta. Em meu entender são os próprios condutores e alvos destas medidas avulsas que têm que tomar consciência dos perigos que correm com eles e com os outros condutores que frequentam as mesmas vias, é principio todas são igualmente perigosas se não forem respeitadas as mais elementares regras de segurança, considerando também como fatores que podem aumentar esse risco as condições climatéricas e as condições em que se encontram os veículos onde se fazem transportar, a tónica tem que se colocar nestas vertentes porque entendo que tanto uma são determinantes para a redução da sinistralidade rodoviária, mas isso só se consegue através da responsabilização dos condutores, ou não soubéssemos que algumas inspeções periódicas às viaturas em circulação, são compradas e é passado um certificado que atesta que a viatura reúne as condições para poder circular quando de facto não as tem.

As medidas para reduzir a sinistralidade rodoviária, tal e qual como as outras medidas que nos dizem respeito e do qual beneficiam todos os cidadãos deste País não podem não deveriam ser tomadas avulso, para que deem resultado, o trabalho deve ser desenvolvido mais alargadamente, pode levar mais tempo, mas depois de todas as partes interessadas em resolver esta chaga, que nos atormenta, através das associações existentes que representam de forma inequívoca os diferentes interesses, ninguém poderia se arrogar ao direito de afirmar que não foi informado, que não sabia, ou que ignorava. Isto como sabem não acontece, noutras situações como não acontece nesta e o resultado vai ser, vamos ver se escapamos se é que as pessoas têm conhecimento efetivo do que se está a implementar, esperando que não seja mais uma daqueles “investimentos” que são feitos e depois se vem a provar que não funcionam, porque os custos gerados são superiores aos benefícios pretendidos e passamos apenas a ter uma carcaça velha, com o intuito de assustar os condutores, ainda espero que o dia em que se faça as coisas com cabeça tronco e membros, ocorra, até lá vamos navegando sempre à vista e com conceitos baseados no empírico.

Henrique Pratas

 

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