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Prostituição

24-06-2016 - Henrique Pratas

Em termos conceptuais define-se como prostituição a troca consciente de favores sexuais por dinheiro . Uma pessoa que trabalha neste campo é chamada de prostituta, e é um tipo de profissional do sexo. A prostituição é um dos ramos da indústria do sexo . O estatuto legal da prostituição varia de país para país, a ser permitida, mas não regulamentado, a um crime Forçado ou Não-Forçado ou a uma profissão regulamentada.

A prostituição é praticada mais comumente por mulheres , mas há um grande número de casos de prostituição masculina em diversos locais ao redor do mundo.

Este é o conceito mais simples, poderíamos introduzir um pouco de História e escrever que ela já remonta ao tempo dos Romanos e dos Gregos e até mesmo quem afirme que é a profissão mais antiga, mas o meu intuito ao escrever este texto é demonstrar que este conceito se alargou e já não é só aquilo que se definiu de uma forma tão simples se considerarmos os aspetos não físicos, se quiserem os intelectuais, psíquicos ou mentais veremos que muitas das vezes as pessoas se prostituem não fisicamente mas sim em termos mentais ou intelectuais.

Com o avanço civilizacional e encarando a prostituição com um ato de cedência e abdicação em troca de favores, encontramos na nossa sociedade muitas situações que se podem caracterizar com atos de prostituição pura e simples, o que chamar por exemplo a quem não diz o que pensa quando numa organização um superior hierárquico manifesta uma ideia com a qual não concordamos, transpondo o mesmo raciocino para a politica o que chamar ao ato em que um militante politico que discorda das linhas de rumo traçadas pelo seu Presidente ou Secretário-Geral, mas não manifesta esse desacordo de uma forma frontal e se cala.

Para mim este conceito de “prostituição” alargou-se e engloba todos aqueles que não expressam as suas ideias apenas com o intuito de vir a poder ou usufruir de lugar que lhe permita tirar benefícios em proveito próprio, estamos cada vez mais perto da promiscuidade que lamentavelmente afeta a maior parte das sociedades onde as pessoas abandonaram os princípios da ética, da humanidade, da verticalidade, da razão e do simples facto de serem seres pensantes para passarem a ser seres que se limitam única e exclusivamente a obedecer, poderemos designá-la por prostituição intelectual.

Como classificar as pessoas que não dizem o que pensam para agradar aos chefes sejam eles de uma empresa, de um partido politico ou de uma outra qualquer organização, não tenham medo de discordar, estar sempre de acordo com tudo o que é dito, é que é de desconfiar será que existe um “iluminado” que sempre que pensa está certo e deita cá para fora coisas certas, não haverá momentos em que o que está a dizer possa ser um grande disparate, já tinham pensado nisto.

Não foi a prostituição na verdadeira aceção da palavra que me levou a escrever este texto, mas sim arranjar uma forma de vos explicar que existem outras formas de “prostituição” e que são tão ou mais graves que o primeiro conceito encerra.

Como se costuma dizer da “discussão sai a luz”, não discordar ou ter opinião contrária levou-nos a este marasmo podre e pantanoso onde nada acontece e traz-nos à memória a história do rei que queria um fato mais bonito e mais valioso possível, veio um primeiro alfaiate e trouxe-lhe os tecidos mais caros que possuía, tirou-lhe as medidas e vá de lhe fazer o fato, quando se apresentou para fazer a primeira prova o Rei não gostou e mandou o alfaiate às urtigas, veio mais outro e sucedeu a mesma coisa até quando foi chamado um terceiro, este mais inteligente e já tendo conhecimento do que acontecera aos outros companheiros de oficio se limitou a não levar tecido de espécie nenhuma e quando confrontado pelo Rei, então não trás tecido, trago sim Vossa Majestade não este tecido que lhe assenta que nem uma luva, é dos tecidos mais caros que há no mercado e que devido às suas propriedades de transparência, quem o usa praticamente não é visto por ninguém. O Rei lá engoliu esta tramenha, o alfaiate tirou-lhe as medidas, como normalmente fazia com todos os clientes e passado uma semana apresenta-se-lhe de mãos vazias e o Rei volta a respigar, então o meu fato não está pronto e o desfile é já amanhã como é que vai ser isto, a resposta não se fez esperar Vossa Alteza real não vê o que aqui lhe trago, novinho em folha e acabado de fazer. O Rei que não quis dar parte de fraco e demonstrar a sua ignorância, rapidamente disse, sim vamos lá experimentá-lo para ver como me fica. Experimentou-o o alfaiate sempre lhe foi dizendo que lhe assentava muito bem e o Rei cada vez mais inchado e vaidoso, mas completamente nu. Como o desfile cerimonial era no dia seguinte o Rei saiu à rua tal e qual como tinha vindo ao Mundo, convencido que estava a usar um fato e um manto de um tecido inigualável, mas quem assistiu ao desfile não se pronunciou nem sequer abriram a boca o Rei completamente nu e convencido da sua importância lá desfilou convencido de que estava no seu auge, mas ninguém lhe fez reparo nenhum, perante a situação ridícula que estava a proporcionar.

Contei-lhes esta história para a poder associar à parte anterior do texto e para lhes fazer chegar a mensagem pensar, não paga imposto e sempre que não entendem ou não estejam, de acordo com o que lhe possam dizer ou mandar fazer questionem, interroguem, apresentem soluções alternativas, só desta forma um País ganha um sentido coletivo e é sempre melhor ter várias cabeças a pensar, do que apenas uma, porque de diferentes cabeças saem com certeza soluções mais adequadas para a resolução de uma determinada situação e há uma outra grande vantagem é que quem esteve envolvido no processo de decisão, começa logo a sentir-se e a defender como sendo “sua” a ideia que vai ser posta em prática.

Henrique Pratas

 

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