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NÃO SE PODE IR AOS CORREIOS

13-05-2016 - Henrique Pratas

Eu como qualquer cidadão normal deste País pretendia enviar uma carta com aviso de receção dirigi-me aos CORREIOS.

Entrei no que eu pensava ou estava habituado a que fosse uma estação de correios, abeirei-me do balcão e antes de dizer ao que ia o diligente funcionário dá-me as boas tardes e eu retorqui-lhe de forma educada, como habitualmente faço.

Neste breve e curto espaço de tempo o funcionário pergunta-me “o senhor vai depositar quanto?”, por momentos fiquei parado e estarrecido naquela sufocante angústia, será que me enganei, não entrei na estação de correios e entrei numa dependência bancária. Perante esta aflição, porque era uma coisa que podia acontecer a qualquer um de nós, olhei para o impetrante com o meu ar de espanto e muito delicadamente perguntei-lhe, será que eu percebi bem, o senhor perguntou-me quanto é que eu queria depositar, foi isso, por favor confirme-me isto.

Rapidamente o diligente funcionário me responde que sim, pensei logo entrei no local errado pedi imensas desculpas saí da fila e vi à porta muito indignado será que eu já não estou bom da cabeça. Saí a porta e olhei para o escaparate e de facto era a minha estação dos correios, fiquei todo contente afinal não estou maluco e aí com o peito cheio entrei pela estação dentro tirei uma senha para o atendimento geral e esperei pela minha vez, todo contente, agora é que vão ser elas pensava eu para comigo.

Esperei, esperei e sai-me o mesmo balcão de atendimento, agora é que vai ser, dei as boas tardes o funcionário respondeu-me da mesma forma educado e antes que ele me dissesse alguma coisa, lesto digo-lhe “Olhe eu pretendia enviar esta carta com aviso de receção se faz favor”. O diligente funcionário para olha para mim com ar de parvo, convencido e responde-me que ali não se podia solicitar esta prestação de serviços. Eu, não sou de modas e digo-lhe convictamente “sim quero enviar esta carta registada com aviso de receção qual é a dúvida não se pode agora?” e o funcionário volta-se para mim e responde-me que não. Aí fiquei em brasa, porque primeiro tinha a certeza que estava numa estação dos CORREIOS e não podia fazer o que me levava lá.

Já num tom alterado, digo-lhe o senhor está a gozar comigo, então eu não estou numa estação de correios, resposta sim, fiquei mais descansado e inchado por afinal não estava errado. Aí fui mais violento mais verbalmente e disse-lhe “Olhe lá, vamos lá ver uma coisa, eu estou numa estação dos correios, quero enviar uma carta com aviso de receção e o senhor está-me a dizer que não posso e pergunta-me quanto quero depositar”. Resposta o senhor pode só que não é neste balcão de atendimento, nós neste balcão só tratamos da atividade bancária, tem que ser noutro. Aí voltei-me para ele e disse-lhe, porra porque é que não me disse há mais tempo que escusava de ter perdido este tempo todo e apanhar um camadão de nervos. Tirei outra senha e fui a um outro balcão e fui atendido convenientemente.

Caros leitores descrevo-lhes esta situação, pura e simplesmente para vos transmitir a mensagem que temos que andar bem informados, eu não sabia que a instituição CORREIOS tinha um banco, fiquei a sabê-lo da forma que lhes descrevi. Mas face ao que me aconteceu e ao “bom” funcionamento dos serviços estou a ponderar a não por os pés em nenhum deles, porque se não é por uma coisa é por outra nunca o que levamos é suficiente e a informação que deveria ser dada de uma forma profissional e não promocional, não o é e o cidadão anda de um lado para o outro.

É o que temos responder-me-ão alguns de vocês, mas eu não gosto da forma como muitos serviços neste País funcionam mas eu não me acomodo.

Henrique Pratas

 

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